31 dezembro, 2007

Bom Ano Novo

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© 2007

30 dezembro, 2007

sozinha no inverno (tentação)

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© Dezembro 2007

29 dezembro, 2007

claro como água

"John Kelsey - How can we interrupt anything in the
contemporary art world today? Art circulates at a
growing rate of speed, perfecttly synchronized with
the movement of capital and information.
Claire Fontaine - The contemporary art world is

several different worlds at once, all of which are
concealed in the large stomach and intestine of
Capital. Without even criticizing the criteria that
one has to fulfill and the Caudine Forks one has to
traverse in order to take part in the visible surface
of this world, we can say, more basically, that every-
thing that circulates in this society depends on eco-
nomic flux. So, how could art be an exception? There
is, however, a strange connection between libidinal
and monetary economy in the art world, which goes
beyond the simple question of fetishism and is quite
fascinating. There are surely things that could be
done with that, with this specific state of desire. If
flattery and provocation were the two pillars of the
avant-gardes of the last century, two ways of relating
two old forms of power, we've now entered into a pe-

riod in which one has to interfere with the concerns
of those who govern and who are governed. Through
all that, art doesn't interrupt anything, it only ex-
presses things that would otherwise be drowned out
or simplified, it saves phenomena from the digestion
and expulsion of the signifying field. Everything that
appears as professionally connoted doesn't interrupt
anything at all, and that's clear since the defeat of the
workers' movement. The interruptions will come from
elsewhere, and, for us, making art is a way of staying
awake until those moments occur. We will accompany
them wherever they manifest themselves; producing
them is not our ambition nor our power."

(excerto de "CLAIRE FONTAINE, Selfportrait of a Ready
Made (by a collective artist) - An interview by John
Kelsey", retirado do nº15 da publicação "uovo achromatic")

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Claire Fontaine, Vivre! Vaincre soi-même la dépression brickbat,
2006 Digital photograph and brick + The True Artist, 2004 Smoke
on ceiling

28 dezembro, 2007

obras recentes

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"Contra-luz" de João Baeta e "Mutabilidade" de Joana Rêgo


"COLECTIVA DE DEZEMBRO", uma exposição de pintura,
escultura e fotografia com obras recentes de Alexandra Pinho,
Balboa, Branislav Mihajlovic, Diana Costa, Duarte Vitória, Duma,
Elizabeth Leite, Joana Rêgo, João Baeta, Mário Vitória, Mónica
Oliveira, Nuno Raminhos, Pedro Figueiredo, Sobral Centeno e
Wlodek Warulik.
Está patente desde este nosso dezembro quase finado até janeiro
do novo ano que já aí vem, na Galeria Nuno Sacramento, em
Aveiro.

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obra n/ identificada de Wlodek Warulik e "Lush" de Duarte Vitória

27 dezembro, 2007

discos meus do ano

E o que já se tornou uma tradição nesta minha casa:
'postar' a 27 de Dezembro a minha lista dos melhores discos
do ano.
Não serão certamente - todos esses que aqui abaixo vos
deixo alinhados de forma arbitrária -, os melhores discos deste
ano. (Mas alguns bem sei que o são, sem qualquer dúvida!).
Não são também, claro, todos os vinte melhores discos que fui
comprando durante estes doze últimos meses.
São então, assim, os meus melhores 20 discos com data de
produção de 2007 (ou este ano pela primeira vez editados em cd).
Aqui vão, a quem possa interessar.



Gilles Peterson - Digs America 2
Betty Davis - Betty Davis (reedição)
Beirut - The Flying Club Cup
The National - Boxer
Devendra Banhart - Smokey Rolls Down Thunder Canyon
Feist - The Reminder
Robert Wyatt - Comic Opera
Matthew Dear - Asa Breed
Steve Jansen - Slope
The Fiery Furnaces - Widow City
Burnt Friedman - First Night Forever
Laura Veirs - Saltbreakers
Nicole Willis and The Soul Investigators - Keep Reachin' Up
Hanne Hukkelberg - Rykestrasse 68
Danny Cohen - Shades of Dorian Gray
Punkt - Crime Scenes
Rodrigo Maranhão - Bordado
GNR - Independança (reedição)
The Cinematic Orchestra - Ma Fleur
Arcade Fire - Neon Bible

26 dezembro, 2007

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© 24 Dezembro 2007

22 dezembro, 2007

e agora este blogue vai hibernar um bocadinho *

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© 2003

* Aviso: não sei porquê mas este meu espaço está a sofrer de

um mal qualquer. Quase todos os textos deste mês têm as letras
mirradas até um ponto de total ilegibilidade.
Complicações tantas, ainda por cima potenciadas pela minha

quase total ignorância quanto à linguagenm html; tamanho o
desatino que eu nem sei como irei resolver toda esta infeliz
situação...
de qualquer modo, creio, e a quem puder interessar, cada 'post'

pode ser visto na sua forma original simplesmente 'clicando' no
registo horário no espaço que habitualmente se segue à minha
assinatura.



20 dezembro, 2007

repentino véu

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© Dezembro 2005


Trocando os lugares,
de repente, céu e terra -
doença em Outono.


Mitsuhashi Tajako (1899-1972)
do livro "Haiku, séculos XVII a XX - O Japão no Feminino, II"

19 dezembro, 2007

folhas de outono (ou tu nu)


"Autumn Leaves" (1964 tape), Vashti Bunyan

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© Dezembro 2007

18 dezembro, 2007

este meu canto desconsoladamente humano


e um poema insolentemente belo
de Silvia Chueire.

Este corpo

Olha, digo,
é este o corpo que tenho.
Não é um corpo de arestas.

Pudesses saber agora
em que píncaros,
em que precipícios ele se construiu,
saberias também o que tenho de pássaro.
O que de oceano, tenho.

O que de só carne e sangue,
artérias batendo contra as têmporas,
pequenas taquicardias
neste corpo desconsoladamente humano.
Que não recusa a glória de o ser,
nem sua submissão ao tempo.

17 dezembro, 2007

por essa estrada fora



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17 Dezembro 1995, Brasil

15 dezembro, 2007

essa palavra deus

essa palavra simples de quatro letrinhas.
essa palavra poderosa extremamente.

como dela ser demente ou temente?
dará deus os versos a quem não tem génio?
dará deus a fome a quem não tem genica?
dará deus a voz aos piores de nós?

o melhor era cortar-te já
o rabo e a cabeça
meu secreto animal!

bem podes, querido deus, ficar
depois a rabichar
que no fim restarei só
eu.

zás!!
paz à tua alma tão
universal.
por cá fico então
eu.

criança ensimesmada
no meio do recreio.

ateu.
sem qualquer receio
moral.

a língua desabrochada
nas flores do mal.

14 dezembro, 2007

porto triste

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© Porto, Dezembro 2007

"(...) Celui qui vit longtemps à Porto - celui que je fus - ne
perçoit plus avec discernement la tristesse ontologique de
cette ville; il en est l'un des acteurs. Tristesse, dis-je: et rien
de péjoratif dans ma bouche. Il ne s'agit pas plus de la juger
que le gris de Paris ou la lumière de Provence. L'aime-t-on?
Voilà ce qui importe. Rien à voir avec la tristesse livide et
désespérante de Varsovie (tu te souviens?), rien à voir avec
la tristesse rose et morne d'un village français qui s'ennuie.
Ni avec la tristesse austère et songeuse d'une ville bretonne
un jour de crachin... La tristesse de Porto se caractérise par
la puissance. Incompatibles, ces deux mots; c'est toutefois
ainsi que je la ressens: une tristesse qui a des tripes. Et
quelles tripes! En marchant vers le Palácio de Cristal, je
passais devant un boui-boui aux carreaux qui avaient le
blues, où des gents du peuple chantaient le fado à pleine
gorge. «O fado é a dor que se canta!» (Le fado est la douleur
qui se chante) dit Maria de Fátima. Eh bien, dans le coup de
voix final par lequel tout fadiste fait tonner ses entrailles, la
tristesse puissante de Porto s'exprime tout entière. Rien
d'exsangue dans cette tristesse. Elle este chaude, elle vient
du centre vital, elle réchauffe. Et si elle me semble aussi
singulière, si elle ne s'offre pas à celui qui passe mais celui
qui reste, si même elle résiste à l'analyse littéraire, c'est
qu'elle cache son jeu sous des dehors qui ne sont pas ceux
qu'on préjuge de la tristesse, associée d'ordinaire au senti-
ment de lenteur, d'inertie et d'épanchement émotionnel:
extraordinairement dynamique, besogneuse, productive;
extraordinairement bruyante, gouailleuse, truculente;
extraordinairement colorée, frondeuse, inventive, telle est
la tristesse de Porto. La Grande Noite de Fado allait con-
firmer ma conviction qu'aucune tristesse n'a pareil caractère.
Là, en écoutant les fillettes des faubourgs pousser leurs voix
impubères dans leurs retranchements (l'écran vidéo géant
accentuait la tension dramatique de leurs jeunes cordes
vocales) prouvant qu'elles seraient les dignes continuatrices
de ces mulheres de raça, j'avais la impression de palper mon
âme; et je me sentais un membre de cette ville. Du temps où
je vivais ici, Porto avait été chercher en moi les tristesses les
plus obscures, les plus fertiles et me les avait livrées pour
que j'en use librement. De mes tristesses les plus reculées,
j'avais fait usage, en peignant, en écrivant. A présent je
peux dire que j'avais mis mes tripes dans ma peinture. J'en
avais bavé, et je m'en étais sorti. Oui, ce soir-là, je me sentis
un vrai citoyen de la tristesse. Et je repensais à plusieurs
reprises à des mots de Dostoievsky dans les Possédés:
«...cette tristesse sacrée qu'une âme d'élite, après l'avoir
goûtée, ne consentira jamais plus à échanger contre des
plaisirs ordinaires...»


excerto de "La Tristesse Puissante (lettre à Catherine, avril
1992)" do livro "L'Appel du Bleu - Voyage au Portugal" do
pintor, escritor, inspirador e inspirado viajante que assina
simplesmente Simon.

13 dezembro, 2007

aCLAmados

Quinze anos de Clã. Uma pequena tribo de gente generosa e sã.
Uma sala esgotada a festejar tão significante marco de vida
de uma das bandas mais consensuais do panorama musical
do nosso país.
Essa Casa de todas as músicas rendida à energia contagiante
da Manuela Azevedo, uma da nossas mais brilhantes vozes e,
concerteza, a melhor intérprete feminina de toda a breve
história do rock/pop cantado em português.

E deixem ainda soprar-vos uma desrazão do coração:
o norte tem esse saber de um clã, o sabor da noite
perdurando puro na manhã.

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© Porto, Dezembro 2007

12 dezembro, 2007

jovem em marcha

Manoel de Oliveira: um jovem a caminho dos 100 anos.
Quase toda a idade do cinema.

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© Porto, Março 2007 (rodagem de "O Enigma" de Manoel de Oliveira)


"- Já alguma vez reflectiu demoradamente sobre o seu
lugar no cinema português e mundial?

- Eu entendo que o cinema é uma frondosa árvore e cada
realizador acrescenta uma folha.

- Tem planos para os próximos tempos?
- Tenho medo de não ter meios para filmar. Planos, se me
derem os meios, cumprirei. Já uma vez disse que gostava
de morrer a filmar.

- Já que fala da morte: preocupa-o?
- Não muito. É claro que quanto mais a idade está avançada
mais a gente se julga próximo da morte. Todavia, há pessoas
que morrem jovens, e menos jovens. Todas as idades servem
para morrer.
- O que pensa quando vai dormir?
- Morrer de insónia!"


(excerto da entrevista de Maria Bochicchio a Manoel de
Oliveira, publicada no "Expresso" de 8 de Dezembro de 2007)

11 dezembro, 2007

crystie street

outro poema de J. M. Fonollosa
(tradução de Júlio Henriques)

O caminho está cheio de cidades
cujo nome perdi. Tal como o teu.

Cobria-te do sol pela manhã
e era suave ocultar-te com o corpo.
Isso deve bastar-te. Basta-me a mim.

É inútil chorares aí à porta:
os sapatos conduzem-me ao caminho.
Atira se puderes minha lembrança a um poço

ou aprende as canções da tua infância.
Os sapatos conduzem-me ao caminho.

10 dezembro, 2007

borboletas na noite desflorada

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© 2007

09 dezembro, 2007

quasi a loja mais que perfeita

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A loja da minha amiga Carina. Uma belíssima belga que
ancorou, há muitos anos já, nesta cidade e é hoje portuense
de vivência e coração.
Uma corajosa e delicada mulher que ousou sonhar esta
simpática loja-galeria.
Um espaço franco e caloroso, sempre aberto a novos talentos,
a gente que queira expôr; e também lugar de venda dos mais
diversos objectos artísticos de vários autores.
Quem procure um natal diferente, encontra aqui o sítio ideal
para a compra das prendas mais originais e singulares.
Só não será a loja perfeita por estar um pouco fora, ou algo
distante, dos circuitos normais das massas que andam às
compras. Mas para quem quiser fugir do inferno dos shoppings
e do bulício algo caótico da Baixa, pode desviar-se ali para uma
rua perpendicular à Constituição, a sossegada Ribeiro de Sousa,
bem perto do quartel dos bombeiros.
Boas compras!
(E a partir de agora está também aberta ao domingo!)

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todas as fotos aqui reproduzidas são de trabalhos artísticos
(diferentes técnicas) de Carina Constantino



08 dezembro, 2007

"escrever foi um engano"

um livro de Carlos Saraiva Pinto


a mulher que me deu mais prazer
perdia-a um dia.

às vezes via a sua magreza
através da elegância das saias.

eu conhecia os relicários dos santos
os seus ossos distribuídos por
gavetas de prata
e sabia que um relógio
cria no cão pequeno
a ilusão do bater do coração da mãe.

o que eu beijava nessa mulher
era a sua respiração
o ar da sua santidade
que lhe impulsionava as ancas.

e ao seu lado eu dormia
como um cão enrolado
ouvindo o bater do coração.

07 dezembro, 2007

metro a metro (se faz a história)

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© Porto, 8 Dezembro 2002

Há cinco anos foi assim.
O metro lá apareceu rasgando um sonho de décadas.
Há cinco anos era assim. O povo a sair à rua num dia frio
para andar nessa espécie de eléctrico moderno. Era dia de
festa. Ainda ninguém tinha o andante, as viagens eram à
borla.
Há cinco anos era assim. Eu não tinha ainda máquina digital.
Nem pensava vir a desistir tão facilmente do filme.
Há cinco anos também tu querias ter uma máquina como o pai.
Há cinco anos tiravas as mais belas fotos no teu mundo mara-
vilhoso de faz-de-conta. Hoje, cinco anos depois (cinco anos tão
curtos!), também já tens a tua máquina fotográfica digital...

06 dezembro, 2007

quando não chegarem as palavras resgatarei da memória teu rosto?*

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© 2007

* outras palavras desataram estas.

05 dezembro, 2007

a antiga e mui pobre e de portugal convicta cidade

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© Porto, 2007

04 dezembro, 2007

olhar a minha terra

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© Porto, 4 Dezembro 2007


"Hans Berg (...) holandês nascido há 55 anos em Roterdão,
empresário de 'import' fascinado com os lavatórios de encastrar
da Sanindusa de Aveiro, é um fanático do Porto e da sua herança
cultural. "Espero que não mudem aqui nada. Nada! Nunca! Adoro
isto assim, sujo, escuro, rugoso, lindo". Hans, que já cá veio 20
vezes e nunca deixa de ir às caves, é fã do nosso neo-realismo.
"O Porto não é como Lisboa, Roma ou Barcelona. Nessas cidades,
o progresso é um problema - porque faz perder a autenticidade.
Gosto disto assim; gosto que o Porto não seja famoso". Hans
arrisca-se à comoção. "Adoro mesmo a vossa cidade. Sabe porque
é que cá vim a primeira vez? Porque vi uma fotografia do meu pai
tirada dali de cima [da Serra do Pilar]. Ele morreu há cinco anos e
nunca me falou disto, mas tenho a certeza que ele também adorou
o Porto". (...)"

extracto de reportagem de José Miguel Gaspar em "O Jornal de
Notícias", 2/Dez/07, via blogue "A Baixa do Porto", (sublinhado meu)

uma nova casa de livros

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© Porto, 2007 (fotos telemóvel)

A Leitura subiu ao shopping! A melhor livraria do Porto, agora
com o nome retocado (Books and Living), abriu esta sexta-feira
um novo e amplo espaço de dois andares no Centro Comercial
Cidade do Porto, na segunda zona vital da cidade, a Boavista.
Para além da generosa superfície expositiva (e dizem ter a maior
base de dados do país, cerca de 300 mil títulos), tem também uma
pequena cafetaria, auditório (lançamentos de livros, sessões de
autógrafos e pequenos eventos musicais serão frequentes), es-
paços para leitura, um cantinho para os mais miúdos, uma peque-
na zona de cd's e dvd's e ainda um recanto dedicado à venda de
jornais e revistas que me pareceu o mais apetrechado, diverso e
cosmopolita que até hoje alguma vez vi na cidade.
Só posso desejar que tenham bom sucesso.
Pode ser que isso ajude a segurar as salas de cinema...

03 dezembro, 2007

não sorrio porque estou bem longe das canárias

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© Porto, Dezembro 2007 (foto de telemóvel)

02 dezembro, 2007

"Inverno europeu"

de Ana Cristina César

Daqui é mais difícil: país estrangeiro, onde o creme de leite é
desconjunturado e a subjetividade se parece com um roubo
inicial.
Recomendo cautela. Não sou personagem do seu livro e nem
que você queira não me recorta no horizonte teórico da década
passada. Os militantes sensuais passam a bola: depressão
legítima ou charme diante das mulheres inquietas que só elas?
Manifesto: segura a bola; eu de conviva não digo nada e
indiscretíssima descalço as luvas (no máximo), à direita de
quem entra.

01 dezembro, 2007

dezembro é o meu mês triste



e um poema, sem título, de
Helga Moreira:

No meu espírito não há
enredos. Apenas frases
e frases
que impendem
do que não sei.