12 maio, 2016

onze anos deste moribundo espaço (festejando também o regresso de um amigo à poesia)

“hoje vieste em silêncio
desarrumar as horas
no corpo sumido de um aguaceiro.
os teus longos cabelos adormeceram
na fria pulseira do relógio.
eram seis da manhã.
quando é mais nítida
a voz rouca do farol."


em “Para Que Lado Repousa a Infância” de Alberto Serra 
(ed. Insubmisso Rumor, Porto, 2016)

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