18 dezembro, 2007

este meu canto desconsoladamente humano


e um poema insolentemente belo
de Silvia Chueire.

Este corpo

Olha, digo,
é este o corpo que tenho.
Não é um corpo de arestas.

Pudesses saber agora
em que píncaros,
em que precipícios ele se construiu,
saberias também o que tenho de pássaro.
O que de oceano, tenho.

O que de só carne e sangue,
artérias batendo contra as têmporas,
pequenas taquicardias
neste corpo desconsoladamente humano.
Que não recusa a glória de o ser,
nem sua submissão ao tempo.

3 Comentários:

Blogger hfm disse...

São sempre belos os poemas da Silvia. Este é-o particularmente.

18 dezembro, 2007 06:53  
Blogger un dress disse...

in.finito.

corpo

18 dezembro, 2007 12:53  
Blogger Silvia Chueire disse...

Obrigada. Muito.

E o meu abraço,


Silvia

19 dezembro, 2007 09:49  

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