este meu canto desconsoladamente humano
e um poema insolentemente belo
de Silvia Chueire.
Este corpo
Olha, digo,
é este o corpo que tenho.
Não é um corpo de arestas.
Pudesses saber agora
em que píncaros,
em que precipícios ele se construiu,
saberias também o que tenho de pássaro.
O que de oceano, tenho.
O que de só carne e sangue,
artérias batendo contra as têmporas,
pequenas taquicardias
neste corpo desconsoladamente humano.
Que não recusa a glória de o ser,
nem sua submissão ao tempo.
3 Comentários:
São sempre belos os poemas da Silvia. Este é-o particularmente.
in.finito.
corpo
Obrigada. Muito.
E o meu abraço,
Silvia
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