un si lent silence
Mudas Mudanças!
Mas que louca e maravilhosa aventura cinematográfica!
Saguenail é muito provavelmente o cineasta que mais e melhor filmou o Porto.
Um estrangeiro genial que se apaixonou por esta estranha (finis)terra.
As histórias à volta deste filme dariam um livro. Ou um outro filme.
Estreou em 1980 no festival da Figueira da Foz numa sessão às dez horas da manhã.
Estavam três pessoas na sala.
Um filme infeliz e injustamente pouco visto.
Caído em tão longo silêncio.
Deixo a sinopse, para aguçar-vos a curiosidade.
"Um jovem paralítico, movido pela curiosidade e pelo sentido da irrisão,
percorre a cidade do Porto de lés a lés. Durante o seu errático passeio,
vai-se cruzando com cenas desconcertantes que são outros tantos
fragmentos de contos populares portugueses. Interpelado, não responde
aos convites, não ousa sair da situação de voyeur na qual se refugia,
excluindo-se assim do fluir das ficções. Alegoria de uma revolução
recém-desaguada em águas de bacalhau, "Mudas Mudanças" levanta
uma questão: quando tudo é possível, a inércia de quem se mantém no
papel de espectador leva a que nada verdadeiramente mude."
© Círculo Católico de Operários do Porto, 15/maio/2014
Mas que louca e maravilhosa aventura cinematográfica!
Saguenail é muito provavelmente o cineasta que mais e melhor filmou o Porto.
Um estrangeiro genial que se apaixonou por esta estranha (finis)terra.
As histórias à volta deste filme dariam um livro. Ou um outro filme.
Estreou em 1980 no festival da Figueira da Foz numa sessão às dez horas da manhã.
Estavam três pessoas na sala.
Um filme infeliz e injustamente pouco visto.
Caído em tão longo silêncio.
Deixo a sinopse, para aguçar-vos a curiosidade.
"Um jovem paralítico, movido pela curiosidade e pelo sentido da irrisão,
percorre a cidade do Porto de lés a lés. Durante o seu errático passeio,
vai-se cruzando com cenas desconcertantes que são outros tantos
fragmentos de contos populares portugueses. Interpelado, não responde
aos convites, não ousa sair da situação de voyeur na qual se refugia,
excluindo-se assim do fluir das ficções. Alegoria de uma revolução
recém-desaguada em águas de bacalhau, "Mudas Mudanças" levanta
uma questão: quando tudo é possível, a inércia de quem se mantém no
papel de espectador leva a que nada verdadeiramente mude."
© Círculo Católico de Operários do Porto, 15/maio/2014