30 maio, 2011
22 maio, 2011
nem preciso de semiótica para sentir que gosto disto
Guardo o meu coração no coração da palavra. E
quando ele cantar alguém vai notar. Alguém que lê por
acaso. Mas em qual palavra guarda-rei meu coração?
Numa também ao acaso. Não a es-colherei dentre to-
das as da Língua. E o acaso faz com que eu o guarde
nesta palavra: Amor. Já que o meu coração Aí ficou
não mais carece de ser guardado. Liberto-o nela. Meu
coração voa.
de Paulo Luiz Barata em "Senya Semiotyka —
quando ele cantar alguém vai notar. Alguém que lê por
acaso. Mas em qual palavra guarda-rei meu coração?
Numa também ao acaso. Não a es-colherei dentre to-
das as da Língua. E o acaso faz com que eu o guarde
nesta palavra: Amor. Já que o meu coração Aí ficou
não mais carece de ser guardado. Liberto-o nela. Meu
coração voa.
de Paulo Luiz Barata em "Senya Semiotyka —
Spirituals, ímans e porrilóquios"
(Livre Expressão, Rio de Janeiro - 2008)
(Livre Expressão, Rio de Janeiro - 2008)
12 maio, 2011
ex acta mente seis
© 2011
Seis.
Exactamente seis.
Um. E depois vieram mais cinco.
Era para ser só um.
Esse tempo que já parece outra era.
Tempo-hera.
Sempre imagens e palavras.
Sempre luz e sombra.
Opaca. Resiliente.
Ora rara. Combatente.
Ou fraca. Permanente.
Sempre o cais dos ais.
Sempre o nó da voz.
Sempre o pó dos ohhhh!
Sempre nu. Sempre sim.
Sempre gula.
Sempre ar.
Sempre sem.
Sem sens.
Sei.
Seis.