22 maio, 2011

nem preciso de semiótica para sentir que gosto disto

Guardo o meu coração no coração da palavra. E
quando ele cantar alguém vai notar. Alguém que lê por
acaso. Mas em qual palavra guarda-rei meu coração?
Numa também ao acaso. Não a es-colherei dentre to-
das as da Língua. E o acaso faz com que eu o guarde
nesta palavra: Amor. Já que o meu coração Aí ficou
não mais carece de ser guardado. Liberto-o nela. Meu
coração voa.


de Paulo Luiz Barata em "Senya Semiotyka —
Spirituals, ímans e porrilóquios"
(Livre Expressão, Rio de Janeiro - 2008)

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