onze anos deste moribundo espaço (festejando também o regresso de um amigo à poesia)
“hoje vieste em silêncio
desarrumar as horas
no corpo sumido de um aguaceiro.
os teus longos cabelos adormeceram
na fria pulseira do relógio.
eram seis da manhã.
quando é mais nítida
a voz rouca do farol."
desarrumar as horas
no corpo sumido de um aguaceiro.
os teus longos cabelos adormeceram
na fria pulseira do relógio.
eram seis da manhã.
quando é mais nítida
a voz rouca do farol."
em “Para Que Lado Repousa a Infância” de Alberto Serra
(ed. Insubmisso Rumor, Porto, 2016)