um poema de Anna Akhmátova
Há na intimidade um limiar sagrado,
encantamento e paixão não o podem transpor -
mesmo que no silêncio assustador se fundam
os lábios e o coração se rasgue de amor.
Onde a amizade nada pode nem os anos
da felicidade mais sublime e ardente,
onde a alma é livre, e se torna estranha
à vagarosa volúpia e seu langor lento.
Quem corre para o limiar é louco, e quem
o alcançar é ferido de aflição...
Agora compreendes por que já não bate
sob a tua mão em concha o meu coração.
(retirado da antologia "Só o sangue cheira a sangue",
tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra Assírio & Alvim, 2000)
encantamento e paixão não o podem transpor -
mesmo que no silêncio assustador se fundam
os lábios e o coração se rasgue de amor.
Onde a amizade nada pode nem os anos
da felicidade mais sublime e ardente,
onde a alma é livre, e se torna estranha
à vagarosa volúpia e seu langor lento.
Quem corre para o limiar é louco, e quem
o alcançar é ferido de aflição...
Agora compreendes por que já não bate
sob a tua mão em concha o meu coração.
(retirado da antologia "Só o sangue cheira a sangue",
tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra Assírio & Alvim, 2000)
2 Comentários:
a resposta a um poema deve ser outro poema.
se possível.
~
Vinte e um. Segunda-feira
Vinte um. Segunda-feira. É noite
No escuro uns contornos de cidade.
Algum vagabundo escreveu
que na terra pode haver amor.
E por tédio ou preguiça,
todos acreditaram e assim vivem:
esperam encontros, temem adeus
e cantam canções de amor.
Mas a outros revela-se o enigma,
e o silêncio repousará sobre eles...
Descobri isto por acaso
e desde esse momento sinto-me mal.
anna akhmátova in
antologia poetas russos
tradução manuel de seabra
comovido obrigado, un dress.
beijos
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