24 setembro, 2007

um poema de Helga Moreira

Limito tudo ao incerto. Os ruídos
do coração ou da alma ou o que
isso seja de concreto, ou abstracto.
Escolho ao acaso um livro, calço
estes ou outros sapatos, saio
de jeans ou de saias ou de fato,
escolho perfumes raros,
uma gravata, à refeição
um bom vinho
e tudo isto não ser de mim,
de ninguém,
qualquer retrato.

2 Comentários:

Blogger hfm disse...

Gostei desta toada ascendente.

24 setembro, 2007 13:57  
Blogger Rui Caetano disse...

O incerto é que comanda a vida.

25 setembro, 2007 12:38  

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