será a estrada do futuro a mesma do passado?
" Nesta estrada não há homens criados por Deus. Desapa-
receram todos e eu fiquei e eles levaram o mundo consigo.
Pergunta: Em que é que o que nunca existirá difere do que
nunca existiu?
As trevas da Lua invisível. As noites agora somente um
pouco menos negras. De dia, o Sol banido roda em volta da
Terra como uma mãe aflita de candeia na mão.
Pessoas sentadas nos passeios ao alvorecer, parcialmente
imoladas e fumegantes nas suas roupas. Como membros de
seitas após tentativas falhadas de suicídio. Outros aproxi-
mavam-se para os ajudar. Ao fim de um ano havia foguei-
ras no cume dos montes e cânticos tresloucados. Os gritos
das pessoas assassinadas. De dia, os mortos empalados em
paus aguçados ao longo da estrada. Que mal teriam eles
feito? Parecia-lhe bem possível que, na história do mundo,
houvesse mais castigo do que crime, mas isso não lhe pro-
porcionava grande consolo. "
retirado do romance "A Estrada" de Cormac McCarthy,
um dos meus (poucos) livros de férias.
receram todos e eu fiquei e eles levaram o mundo consigo.
Pergunta: Em que é que o que nunca existirá difere do que
nunca existiu?
As trevas da Lua invisível. As noites agora somente um
pouco menos negras. De dia, o Sol banido roda em volta da
Terra como uma mãe aflita de candeia na mão.
Pessoas sentadas nos passeios ao alvorecer, parcialmente
imoladas e fumegantes nas suas roupas. Como membros de
seitas após tentativas falhadas de suicídio. Outros aproxi-
mavam-se para os ajudar. Ao fim de um ano havia foguei-
ras no cume dos montes e cânticos tresloucados. Os gritos
das pessoas assassinadas. De dia, os mortos empalados em
paus aguçados ao longo da estrada. Que mal teriam eles
feito? Parecia-lhe bem possível que, na história do mundo,
houvesse mais castigo do que crime, mas isso não lhe pro-
porcionava grande consolo. "
retirado do romance "A Estrada" de Cormac McCarthy,
um dos meus (poucos) livros de férias.
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