as impagáveis crónicas de Ferreira Fernandes
Um dos melhores e mais inteligentes "leitores" do nosso
quotidiano, deste mundozinho global que a todos assombra
e desassossega. Um dos escribas nacionais que mais aprecio,
que mais me diverte e que creio não estar a ser suficiente-
mente reconhecido, quer pelo público em geral, quer pelos
seus pares. Deixo-vos a crónica saída ontem no "Diário de
Notícias":
"TANTA LETRA, TANTA CAMA, É SUSPEITO"
"Duas respostas deixam-me sempre perplexo. Uma é a
esta pergunta: "Que estás a ler?" Nunca ninguém diz:
"Amor de Perdição". Ou: "Neste momento, nada."
Não. O entrevistado tem sempre à mão o livro da moda,
mais um tratado de Wittgenstein e, para rematar, está a
reler a obra poética de T.S.Elliot. A outra resposta é a
sondagem a heterossexuais: "Quantos parceiros sexuais
já teve?" Nas respostas masculinas, o número deixa-me
banzado. Mesmo contando com a equipa de basquetebol
feminino da Bielorrússia (onde estive em 1972), a minha
experiência pessoal é ridícula. Mas a comparação que mais
me intriga é que a média masculina é sempre o dobro da
feminina. O New York Times, esta semana, ouviu o pro-
fessor David Gale, da Universidade da Califórnia, que
disse: "Essa diferença é matematicamente impossível." Se
algum inquérito de Verão estiver interessado em saber o
que ando a ler, aí vai: "Um artigo do New York Times. E a
reler."
quotidiano, deste mundozinho global que a todos assombra
e desassossega. Um dos escribas nacionais que mais aprecio,
que mais me diverte e que creio não estar a ser suficiente-
mente reconhecido, quer pelo público em geral, quer pelos
seus pares. Deixo-vos a crónica saída ontem no "Diário de
Notícias":
"TANTA LETRA, TANTA CAMA, É SUSPEITO"
"Duas respostas deixam-me sempre perplexo. Uma é a
esta pergunta: "Que estás a ler?" Nunca ninguém diz:
"Amor de Perdição". Ou: "Neste momento, nada."
Não. O entrevistado tem sempre à mão o livro da moda,
mais um tratado de Wittgenstein e, para rematar, está a
reler a obra poética de T.S.Elliot. A outra resposta é a
sondagem a heterossexuais: "Quantos parceiros sexuais
já teve?" Nas respostas masculinas, o número deixa-me
banzado. Mesmo contando com a equipa de basquetebol
feminino da Bielorrússia (onde estive em 1972), a minha
experiência pessoal é ridícula. Mas a comparação que mais
me intriga é que a média masculina é sempre o dobro da
feminina. O New York Times, esta semana, ouviu o pro-
fessor David Gale, da Universidade da Califórnia, que
disse: "Essa diferença é matematicamente impossível." Se
algum inquérito de Verão estiver interessado em saber o
que ando a ler, aí vai: "Um artigo do New York Times. E a
reler."
1 Comentários:
seguiu.....mail...
y.
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