soneto sexagenário, de Ildásio Tavares
"Já não me aflige mais a pasmaceira
do domingo. Meus filhos mundo afora
e eu em casa pensando. A vida inteira
ensina-me a ser só. Não é agora
que eu hei-de reclamar. Segunda-feira
há de chegar. Há de chegar a hora
em que se apague a chama derradeira;
em que a vida me diga: vá-se embora.
Tudo tão natural. A árvore morta
já não abriga pássaros nos ramos
que pouco a pouco, vão caindo ao chão.
Amei mal as mulheres. Mais amamos
nós mesmos, nosso ofício. Pouco importa
a vida; este domingo; a solidão."
do domingo. Meus filhos mundo afora
e eu em casa pensando. A vida inteira
ensina-me a ser só. Não é agora
que eu hei-de reclamar. Segunda-feira
há de chegar. Há de chegar a hora
em que se apague a chama derradeira;
em que a vida me diga: vá-se embora.
Tudo tão natural. A árvore morta
já não abriga pássaros nos ramos
que pouco a pouco, vão caindo ao chão.
Amei mal as mulheres. Mais amamos
nós mesmos, nosso ofício. Pouco importa
a vida; este domingo; a solidão."
5 Comentários:
Tudo tão natural. A árvore morta
já não abriga pássaros nos ramos........................
______________ _______________
tudo tão natural...telúrico e
"mortal".
______________ ________________
beijo.
y.
pasmaceira
solidão e outras coisas
mais indefinidas
:
pouco.menos.pouco.mais e
zzzzzzzzzzzzássss !!!
a vida
e s f u m o u
ainda me aflige a pasmaceira de domingo!
Já não me aflige mais a pasmaceira
do domingo. Meus filhos mundo afora
e eu em casa pensando. A vida inteira
ensina-me a ser só. Não é agora
que eu hei-de reclamar. Segunda-feira
há de chegar. Há de chegar a hora
em que se apague a chama derradeira;
em que a vida me diga: vá-se embora.
Tudo tão natural. A árvore morta
já não abriga pássaros nos ramos
que pouco a pouco, vão caindo ao chão.
Amei mal as mulheres. Mais amamos
nós mesmos, nosso ofício. Pouco importa
a vida; este domingo; a solidão."
Caríssimos: Não importa quem quando ou onde houve a falha mas faltava a palavra "mais" no primeiro verso do soneto causando quebra do decassílabo.
muito obrigado
ildásio tavares
Caríssimo Ildásio,
em primeiro lugar deixe-me dizer-lhe que me sinto honrado pela sua visita aqui. Depois, dizer-lhe que fiquei extremamente aborrecido pela "falha". Danado comigo mesmo, fui verificar ao nº3 da revista "Apeadeiro", editada pela Quasi na primavera de 2003, donde transcrevi o seu belíssimo poema... Era lá que estava a falha, embora isso agora, de facto, interesse pouco.
Aqui neste meu espaço, fica desde já corrigido, restabelecido na sua forma plena; e assim celebrar-se, merecidamente, aos olhos do mundo.
Abraços,
Francisco
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