A Piedade do Tempo, um poema de Francisco Brines
Em que escuro recanto do tempo que morreu
vivem ainda,
a arder, aquelas coxas?
Dão luz ainda
a estes olhos tão velhos e enganados,
que voltam agora a ser o milagre que foram:
desejo de uma carne, e a alegria
do que não se nega.
A vida é o naufrágio de uma obstinada imagem
que já nunca saberemos se existiu,
pois só pertence a um lugar extinto.
(do livro "A Última Costa", com tradução de José Bento)
vivem ainda,
a arder, aquelas coxas?
Dão luz ainda
a estes olhos tão velhos e enganados,
que voltam agora a ser o milagre que foram:
desejo de uma carne, e a alegria
do que não se nega.
A vida é o naufrágio de uma obstinada imagem
que já nunca saberemos se existiu,
pois só pertence a um lugar extinto.
(do livro "A Última Costa", com tradução de José Bento)
1 Comentários:
............e enquanto isso tentamos ser barcos....
piedosos????
quem dera.
vou ser anónima...o bloguer hoje não quer nada comigo...:(((
Ysa.
excelente escolha....e eu não conhecia.
obrigada F.
um beijo....sobre as ondas.
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