enjoado de metáforas
nenhum anjo encarna no meu coração.
enjoado de metáforas,
quero sentar-me às portas do céu.
trago essa história de deus atravessada
desde sempre.
com o traseiro aninhado numa nuvem pardacenta
quero ver como o vasto e lúcido insano
cospe sobre o esterco do mundo.
quero estar na raiz dessa chuva ulcerosa
de luciferinas palavras,
sem qualquer particular vibração
espiritual.
a raiva, a raiva, a raiva...
a raiva, a lágrima, a ferida, a ira, a glabra chuva, a saraiva.
como pedra enlouquecida de lume.
nenhum deus descarna minha mão
no lugar inebriante do poema.
enjoado de metáforas,
quero sentar-me às portas do céu.
trago essa história de deus atravessada
desde sempre.
com o traseiro aninhado numa nuvem pardacenta
quero ver como o vasto e lúcido insano
cospe sobre o esterco do mundo.
quero estar na raiz dessa chuva ulcerosa
de luciferinas palavras,
sem qualquer particular vibração
espiritual.
a raiva, a raiva, a raiva...
a raiva, a lágrima, a ferida, a ira, a glabra chuva, a saraiva.
como pedra enlouquecida de lume.
nenhum deus descarna minha mão
no lugar inebriante do poema.
5 Comentários:
sempre alertei o Tiago sem falar nada
Voltei. Aiás, volto sempre.
E que bom que voltaste. Sentia-te a falta.
Aliás eu também voltei. Isto porque o meu portátil voltou ontem do estaleiro...
beijo grande
Continuo a ver. Aliás vejo sempre.
Gosto muito do poema, Francisco. Tem voz própria.
É bom andar por aqui, repito.
Beijos,
Silvia
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