hora h
reaprender devagar a ler palavras antigas.
palavras de um verão antigo. lembrar os nomes das cidades
desejadas. lembrar o sabor da sede. as viagens começadas
nas palavras. e depois na boca a saliva.
um verão que ardia. fugiu-se desse calor. fugiu-se também de
amores magoados. a procurar razões nos subúrbios do amor.
linhas paralelas que encontrassem um qualquer futuro. mas
nunca as feridas loucas da paixão. um comboio que começou na
sua boca seca.
reler de mansinho suas palavras como que sensoriais, as suas
frases sempre muito photográficas:
"Levo vinte maços de cigarros e um caderno sem história. Um
gancho para atar o calor, preso ao cabelo."
daqui um beijo com rumo a sul e um travo de gin.
para ti, mulher azul.
© Praga, Agosto 1990
palavras de um verão antigo. lembrar os nomes das cidades
desejadas. lembrar o sabor da sede. as viagens começadas
nas palavras. e depois na boca a saliva.
um verão que ardia. fugiu-se desse calor. fugiu-se também de
amores magoados. a procurar razões nos subúrbios do amor.
linhas paralelas que encontrassem um qualquer futuro. mas
nunca as feridas loucas da paixão. um comboio que começou na
sua boca seca.
reler de mansinho suas palavras como que sensoriais, as suas
frases sempre muito photográficas:
"Levo vinte maços de cigarros e um caderno sem história. Um
gancho para atar o calor, preso ao cabelo."
daqui um beijo com rumo a sul e um travo de gin.
para ti, mulher azul.
© Praga, Agosto 1990
4 Comentários:
mas que Praga!
caixotinhos e caixotões!
No meio disto, que a praga não seja eu :)
Obrigado, Francisco. Bonito como sempre.Terno como sempre.
Até sempre.
H em Praga?
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