postal pascal
Cristo entrou-nos pela casa dentro.
Abrimos a porta mas não o esperávamos.
Um cristo frio que pedia o calor dos nossos lábios.
Nas mãos tínhamos cálices de vinho. Nós, alegres pagãos.
Pediram-nos para cantar aleluias.
Não sei se chegámos a calar o Prince.
Uma espécie de chuva grossa irrompeu no ar salpicando
a mesa farta e as nossas vestes.
Quase ninguém quis beijar a prata.
Para além da janela, um corrupio de gaivotas animava
os telhados do casario vizinho.
No rio de ouro, um barco rabelo cheio de turistas atingia o arco
da ponte. O céu lá longe era muito negro.
No vidro da sala caíam gotas gordas de chuva.
Brincámos que era deus a chorar pelo nosso país.
O barca velha encorpando o nosso tédio pascal.
Buda era a imagem da serenidade...
© 2011
Abrimos a porta mas não o esperávamos.
Um cristo frio que pedia o calor dos nossos lábios.
Nas mãos tínhamos cálices de vinho. Nós, alegres pagãos.
Pediram-nos para cantar aleluias.
Não sei se chegámos a calar o Prince.
Uma espécie de chuva grossa irrompeu no ar salpicando
a mesa farta e as nossas vestes.
Quase ninguém quis beijar a prata.
Para além da janela, um corrupio de gaivotas animava
os telhados do casario vizinho.
No rio de ouro, um barco rabelo cheio de turistas atingia o arco
da ponte. O céu lá longe era muito negro.
No vidro da sala caíam gotas gordas de chuva.
Brincámos que era deus a chorar pelo nosso país.
O barca velha encorpando o nosso tédio pascal.
Buda era a imagem da serenidade...
© 2011
1 Comentários:
excelente!
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