apanhar ideias
"Pode explicar como é que se concebe um filme como
"INLAND EMPIRE"?
Apanho ideias. É como pescar. O desejo por uma é como um
isco no anzol. Deseja-se algo e, se se for paciente, provavel-
mente apanha-se uma ideia. Quando ela vem, se me apaixono
por ela, guardo-a. Pode ser só um fragmento, mas fico com
ela - e espero que ela mesma atraia outras ideias.
(...)
Mas é um processo de livre associação de ideias?
Não exactamente. Tudo começa por uma ideia. Um clarão,
um pouco de luz, como nos «cartoons». E aí está. Nunca sei a
dimensão da ideia até a pôr no papel.
Como nos «cadavres exquis» dos surrealistas?
Mas é sempre assim que se fazem os filmes... Talvez haja quem
tenha o filme inteiro numa única ideia, mas a maior parte dos
cineastas têm uma ideia e depois outra e outra e a história
começa a tomar forma. O processo é sempre esse. Surrealista?
Sim, com certeza. Nem sempre as coisas são perceptíveis com
o intelecto, há coisas que se sentem, que se intuem. E a intuição
é uma coisa boa em termos de conhecimento. Na vida quotidiana
usamos a intuição constantemente, mas no cinema não estamos
muito habituados a fazê-lo."
(excerto da entrevista de Jorge Leitão Ramos a David Lynch,
no suplemento "Actual" do "Expresso" de 31/Março/2007)
"INLAND EMPIRE"?
Apanho ideias. É como pescar. O desejo por uma é como um
isco no anzol. Deseja-se algo e, se se for paciente, provavel-
mente apanha-se uma ideia. Quando ela vem, se me apaixono
por ela, guardo-a. Pode ser só um fragmento, mas fico com
ela - e espero que ela mesma atraia outras ideias.
(...)
Mas é um processo de livre associação de ideias?
Não exactamente. Tudo começa por uma ideia. Um clarão,
um pouco de luz, como nos «cartoons». E aí está. Nunca sei a
dimensão da ideia até a pôr no papel.
Como nos «cadavres exquis» dos surrealistas?
Mas é sempre assim que se fazem os filmes... Talvez haja quem
tenha o filme inteiro numa única ideia, mas a maior parte dos
cineastas têm uma ideia e depois outra e outra e a história
começa a tomar forma. O processo é sempre esse. Surrealista?
Sim, com certeza. Nem sempre as coisas são perceptíveis com
o intelecto, há coisas que se sentem, que se intuem. E a intuição
é uma coisa boa em termos de conhecimento. Na vida quotidiana
usamos a intuição constantemente, mas no cinema não estamos
muito habituados a fazê-lo."
(excerto da entrevista de Jorge Leitão Ramos a David Lynch,
no suplemento "Actual" do "Expresso" de 31/Março/2007)
1 Comentários:
"E a intuição
é uma coisa boa em termos de conhecimento. Na vida quotidiana
usamos a intuição constantemente.. .."
a mesma que nos leva a tentar saber quem é quem no planalto das aparências....
_______________
boa noite F.
:))))
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