27 março, 2007

A carne e o sonho, de Francisco Brines

O tempo é mau ladrão: somente rouba ao homem
seus territórios de infeliz mendigo.
Mas se aquelas desditas pudesse recuperá-las,
não voltaria a ser a sombra que foi antes,
mas esse rei lendário que ainda tem que nascer.

O sonho é a matéria de que está feito o deus,
e, como a água ao fogo, aniquila-o a carne.


(terceiro poema que aqui deixo do valenciano Francisco Brines , retirado
de "A Última Costa", com tradução de José Bento, Assírio & Alvim, 1997)

1 Comentários:

Blogger isabel mendes ferreira disse...

o sonho.





da carne.




do veludo.



beijo.

28 março, 2007 17:56  

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