27 maio, 2008

malícia do tempo

ao correr do tempo
tudo se ganha e tudo se perde
o nada em nada se transforma

ao morrer o corpo
tudo se lembra e tudo se mede
o nada do nada toma a forma

ao correr do vento
tudo se sonha e tudo é breve
dos nados nadas o pó da soma

no sabor do logro
todo o narciso à nora se deteve
como amor no reverso de roma

no saber do tempo
todo o amor foi apenas sede
o vão deus no céu como norma

ao morrer num sopro
tudo se leva e tão pouco se pede
o nada é chão a qualquer a hora

ao morrer o tempo
tudo se eleva na voz que escreve
o absoluto zero da alma nómada

5 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

tão bonito, francisco?

Suponho que seja teu?

27 maio, 2008 20:23  
Blogger francisco carvalho disse...

Supões bem, Guevara.

Meu profundo obrigado.
Beijinhos

27 maio, 2008 22:08  
Anonymous Anónimo disse...

lindo lindo lindo lindo.
É bom ainda ter tempo para ler coisas destas.
amei
joana

27 maio, 2008 23:42  
Anonymous Anónimo disse...

Tão bonito, que já figura destacadamente num blog vizinho.

:D

28 maio, 2008 00:27  
Anonymous Anónimo disse...

A vida correu-me bem!!
Tu és meu (inspirado) amigo!!!!

29 maio, 2008 20:28  

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