22 setembro, 2006

monumento mínimo

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Teatro Municipal de São Paulo, Brasil, 2005 (foto de Andrea CostaKazawa)


* Néle Azevedo, é uma artista plástica brasileira, que vive e
trabalha em São Paulo. Há quatro anos que realiza e desenvolve
este projeto de intervenção em espaços urbanos, a que deu o
nome de Monumento Mínimo. São inúmeras esculturas em
gelo colocadas a derreter em espaços públicos, onde atraem a
atenção de quem passa, provocando uma suspensão do seu tra-
jecto quotidiano. Numa acção de breves minutos, ela subverte os
cânones oficiais do registo da memória em monumentos públicos,
reduzindo o tamanho do monumento a pouco mais de vinte centí-
metros de altura, tornando-o móvel e fugaz e assim homenagean-
do homens comuns em vez de heróis ou dirigentes.

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Ópera de Paris, Junho 2005 (fotos de divulgação)

Nas intervenções realizadas até ao final de 2004, as esculturas
em gelo eram instaladas uma a uma, e a experiência era repetida
em diversos pontos de cada cidade visitada, além dos diversos
estados do Brasil, também em Cuba e no Japão.
Desde Abril de 2005, que a autora opta pela concentração de
um grande número de esculturas num só local. Uma espécie de
monumento colectivo que desaparece.
Essas intervenções aconteceram em São Paulo, na Praça da Sé,
com 290 esculturas; em Paris, nas escadarias do L' Opera e na
Mairie du 9émè, com 450 esculturas; novamente em São Paulo,
nas escadarias do Teatro Municipal, com 600 esculturas, e em
Junho deste ano, na praça central da cidade de Braunschweig,
na Alemanha.
A artista pretende, deste modo, apresentar uma leitura crítica
do monumento nas cidades contemporâneas, acompanhada de
acções que invertem os cânones oficiais do registo da memória
em monumentos públicos do mundo ocidental.
Como alternativa à solidez da pedra, oferece a fluidez do gelo,
numa clara troca de estabilidade por movimento, de peso por
leveza. Em vez de aprisionar a obra em locais fixos, empreende
uma deambulação por espaços públicos de diversas cidades e
países. No lugar da homenagem ao herói, ou à autoridade, antes
promove a celebração do homem comum.
Além de uma nova visão do monumento, propõe uma celebração
da memória que seja integrada a cada ambiente e efectivamente
compartilhada com o público. É por isso que documenta, em fotos
ou vídeo, os processo de derretimento e a interacção das pessoas
com a intervenção.
Na cidade do Porto, na instalação a realizar na Praça D. João, hoje
às cinco da tarde, esta artista diversas vezes premiada internacio-
nalmente, pretende ultrapassar o número habitual de esculturas,
contando para isso com a ajuda do público.
(* texto de divulgação do Festival Internacional de Marionetas do
Porto, mais ou menos por mim adaptado.)

Não faltar, portanto.
Todos a celebrar esse acontecimento público, esse efémero
monumento mínimo. E íntimo momento.
(A guardar no coração da memória.)

5 Comentários:

Blogger MOLOI LORASAI disse...

OLÁ, como estão de beijinhos pra cá, beijinhos pra lá?

23 setembro, 2006 13:47  
Anonymous Anónimo disse...

ola! é so para avisar que quem quer ouvir a escultora Néle Azevedo a falar do seu trabalho, podera fazê-lo no café-teatro do Teatro Académico de Gil Vicente, no dia 10 de Outubro. organizaçao: penetrarte, associaçao cultural.
penetrarte.geral@gmail.com

27 setembro, 2006 22:25  
Anonymous Anónimo disse...

o Teatro Académico de Gil Vicente tem situa-se em Coimbra. Por volta das 17h, a conversa com Néle Azevedo começa.

27 setembro, 2006 22:26  
Anonymous amanda disse...

Oiie Adoreeii Suuaas Exculturaas No GeeloO,Devee Daar Um TraabaalhãaoO..Paaraabeeéns

01 setembro, 2009 12:40  
Blogger francisco carvalho disse...

Oi, Amanda, mas as esculturas não são minhas, são da Néle Azevedo. Penso que o meu 'post' é bem claro quanto a isso. Não posso, portanto, aceitar os parabéns, apenas agradecer a sua visita.

:)

01 setembro, 2009 19:40  

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