o direito à preguiça
"(...) Se, arrancando do coração o vício que a domina e avilta
a sua natureza, a classe operária se levantasse com a sua força
terrível, não para reclamar os Direitos do Homem, que não
sendo senão os direitos da exploração capitalista, não para
reclamar o Direito do Trabalho, que não é senão o direito à
miséria, mas para forjar uma lei de bronze, que proíba que
qualquer homem trabalhe mais de três horas por dia, a Terra,
a velha Terra, fremente de alegria, sentiria nascer dentro de
si um novo universo... Mas como pedir a um proletariado cor-
rompido pela moral capitalista uma resolução viril?
Tal como Cristo, dolente personificação da escravatura antiga,
os homens e as mulheres do Proletariado sofrem penosamente,
desde há um século, o duro calvário da dor: desde há um sécu-
lo, o trabalho forçado parte-lhes os ossos, mortifica-lhes a
carne, arrasa-lhes os nervos; desde há um século, a fome con-
torce-lhes as entranhas e alucina-lhes a cabeça!... Ó Preguiça,
tem piedade da nossa longa miséria! Ó Preguiça, mãe das artes
e das nobres virtudes, sê bálsamo para as angústias humanas!"
Não, estas palavras não têm paternidade recente, estas palavras
não foram escritas por estes dias, mas sim lavradas há mais de
120 anos!
Foram retiradas de "O Direito à Preguiça", um livro que li há já
alguns anos cujo autor é Paul Lafargue, um francês nascido em
Cuba em1842. Estudou depois em França, onde veio a aderir à
Internacional dos Trabalhadores.
Lembrei-me de voltar a pegar nele, por causa do meu post ante-
rior e também pela revolta dos estudantes universitários a
acontecer agora em Paris.
Apesar de tudo, apesar de todas as suas visões e perspectivas
algo maniqueístas, meio utópicas, é um livro de um sábio.
É um livro terrivelmente actual.
Tantas frases que poderia aqui citar!
a sua natureza, a classe operária se levantasse com a sua força
terrível, não para reclamar os Direitos do Homem, que não
sendo senão os direitos da exploração capitalista, não para
reclamar o Direito do Trabalho, que não é senão o direito à
miséria, mas para forjar uma lei de bronze, que proíba que
qualquer homem trabalhe mais de três horas por dia, a Terra,
a velha Terra, fremente de alegria, sentiria nascer dentro de
si um novo universo... Mas como pedir a um proletariado cor-
rompido pela moral capitalista uma resolução viril?
Tal como Cristo, dolente personificação da escravatura antiga,
os homens e as mulheres do Proletariado sofrem penosamente,
desde há um século, o duro calvário da dor: desde há um sécu-
lo, o trabalho forçado parte-lhes os ossos, mortifica-lhes a
carne, arrasa-lhes os nervos; desde há um século, a fome con-
torce-lhes as entranhas e alucina-lhes a cabeça!... Ó Preguiça,
tem piedade da nossa longa miséria! Ó Preguiça, mãe das artes
e das nobres virtudes, sê bálsamo para as angústias humanas!"
Não, estas palavras não têm paternidade recente, estas palavras
não foram escritas por estes dias, mas sim lavradas há mais de
120 anos!
Foram retiradas de "O Direito à Preguiça", um livro que li há já
alguns anos cujo autor é Paul Lafargue, um francês nascido em
Cuba em1842. Estudou depois em França, onde veio a aderir à
Internacional dos Trabalhadores.
Lembrei-me de voltar a pegar nele, por causa do meu post ante-
rior e também pela revolta dos estudantes universitários a
acontecer agora em Paris.
Apesar de tudo, apesar de todas as suas visões e perspectivas
algo maniqueístas, meio utópicas, é um livro de um sábio.
É um livro terrivelmente actual.
Tantas frases que poderia aqui citar!
3 Comentários:
venha a revolução para Portugal, estou a pronto de foice e martelo...
Nem capitalismos de fato e gravata nem comunismos de foice e martelo...
Para mim, não, Nuno, foi chão que não deu uvas.
viva o capitalismo! VIVA O COMUNISMO! VIVA O BLOGSPOT!
VIVA A MARIA RITA!
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