thomas hirschhorn, um artista-guerreiro
"Sou um artista, um trabalhador, um soldado. Não luto por
mim. Tenho uma missão. É uma missão impossível. Acredito
na Energia. Não acredito na Qualidade. Sim à Energia! Não à
Qualidade! Detesto o pensamento qualitativo, na arte ou seja
onde for, a energia é a única coisa que interessa. Quero tra-
balhar de forma simples e económica. Quero que o meu tra-
balho seja denso e forte. Quero trabalhar excessivamente a
minha obra. Quero trabalhar politicamente. Quero enfrentar
o mundo à minha volta, quero permanecer atento e lúcido.
Não quero excluir ninguém com o meu trabalho, gostaria de
incluir pessoas no meu trabalho. Quero lutar sem pensar em
vitórias nem derrotas. Não sou caótico, não sou um teórico,
não sou um filósofo. Não preciso da filosofia para o meu tra-
balho como artista; preciso da filosofia como ser humano. Mas
não esqueço a maravilhosa resposta de um filósofo à pergunta
"Que pode a filosofia fazer?": "A filosofia pode trazer tristeza".
Tenho vontade de dar forma às coisas. Dar forma é o meu com-
promisso enquanto artista. A arte é para mim uma ferramenta,
uma ferramenta para conhecer o mundo, uma ferramenta para
descobrir a realidade, uma ferramenta para viver a passagem do
tempo. Não me pergunto se a minha obra funciona. Acho que é
necessário ela não funcionar para permanecer utópica. Não quero
trabalhar com moda. A beleza deve ser preservada do capitalis-
mo. A moda favorece a fuga para o espaço pessoal, privado, se-
leccionado, escolhido, como a falsa autodeterminação. A moda
reflecte o medo da perda de identidade. Quero fazer o meu
trabalho como um guerreiro. Tudo tem de vir de dentro de mim
e confrontar-se comigo. Acredito na resistência em arte. Quero
trabalhar com o que me pertence e quero continuar livre."
Thomas Hirschhorn, Agosto de 2000
© 2005 ( da exposição "Anschool II" de Thomas Hirschhorn, Museu
de Serralves, Porto)
mim. Tenho uma missão. É uma missão impossível. Acredito
na Energia. Não acredito na Qualidade. Sim à Energia! Não à
Qualidade! Detesto o pensamento qualitativo, na arte ou seja
onde for, a energia é a única coisa que interessa. Quero tra-
balhar de forma simples e económica. Quero que o meu tra-
balho seja denso e forte. Quero trabalhar excessivamente a
minha obra. Quero trabalhar politicamente. Quero enfrentar
o mundo à minha volta, quero permanecer atento e lúcido.
Não quero excluir ninguém com o meu trabalho, gostaria de
incluir pessoas no meu trabalho. Quero lutar sem pensar em
vitórias nem derrotas. Não sou caótico, não sou um teórico,
não sou um filósofo. Não preciso da filosofia para o meu tra-
balho como artista; preciso da filosofia como ser humano. Mas
não esqueço a maravilhosa resposta de um filósofo à pergunta
"Que pode a filosofia fazer?": "A filosofia pode trazer tristeza".
Tenho vontade de dar forma às coisas. Dar forma é o meu com-
promisso enquanto artista. A arte é para mim uma ferramenta,
uma ferramenta para conhecer o mundo, uma ferramenta para
descobrir a realidade, uma ferramenta para viver a passagem do
tempo. Não me pergunto se a minha obra funciona. Acho que é
necessário ela não funcionar para permanecer utópica. Não quero
trabalhar com moda. A beleza deve ser preservada do capitalis-
mo. A moda favorece a fuga para o espaço pessoal, privado, se-
leccionado, escolhido, como a falsa autodeterminação. A moda
reflecte o medo da perda de identidade. Quero fazer o meu
trabalho como um guerreiro. Tudo tem de vir de dentro de mim
e confrontar-se comigo. Acredito na resistência em arte. Quero
trabalhar com o que me pertence e quero continuar livre."
Thomas Hirschhorn, Agosto de 2000
© 2005 ( da exposição "Anschool II" de Thomas Hirschhorn, Museu
de Serralves, Porto)
2 Comentários:
Só é pena que ele se julgue livre.
Morais não é mole não
Francisco não é mole não
Moloi não é mole não
É o que se chama: arte tirada a saca rolhas!!! Estou a brincar... eu diria mais: uma artista-enérgico!
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