eu queria me sabiar até o dia da morte porque a sabedoria é o único DAS KAPITAL que se leva daqui, pra quem acredita que não somos um aglomerado quántico de energia ajuntados ao acaso.
as duas irmãs pereceram como trevas presas à noite entoando os seus cabelos e sacrificando o hino ao vestido de seda branca, que usam os neófitos quando se precipitam na ribeira alta, sob nenhum olhar e sem pronunciarem a estrela d'alva.
desenho um quadro em que os homens são guerreiros das giestas, o passo largo dos deuses que dorme perante o sangue. só a esteva se ilumina e morre da madrugada do mundo.
as duas irmãs morrem apenas. e deixam o país das uvas. em que a terra é um líquido mudo, que engana a flor e a deixa sem rosto. retiras os lábios dos lábios da gazela e o teu castelo vai-se quebrando, sob uma lua de olhos brilhantes. e com o crepitar do fogo como único brilho.
matinas.
Jorge Vicente
Last Updated: Thursday
temos aqui um poeta, do cotidiano, não. Jorge Vicente deve gostar de Holderlin e Novalis.
7 Comentários:
SÓ MIMI SABE
Sábio Moloi Sempre
e eu só sei que gostei...
eu queria me sabiar até o dia da morte porque a sabedoria é o único DAS KAPITAL que se leva daqui, pra quem acredita que não somos um aglomerado quántico de energia ajuntados ao acaso.
Sempre Muito Sentido
belo poema, a jogar com as mensagens de telemóvel: sms. uma maneira original de escrever poesia tendo como base um aspecto do quotidiano.
Parabéns, temos poeta!
Jorge Vicente
AS DUAS IRMÃS
as duas irmãs pereceram
como trevas presas à noite
entoando os seus cabelos
e sacrificando o hino ao vestido
de seda branca, que usam os
neófitos quando se precipitam
na ribeira alta,
sob nenhum olhar e sem pronunciarem
a estrela d'alva.
desenho um quadro em que os homens
são guerreiros das giestas,
o passo largo dos deuses que dorme
perante o sangue. só a esteva
se ilumina e morre da madrugada do
mundo.
as duas irmãs morrem apenas. e deixam
o país das uvas. em que a terra
é um líquido mudo, que engana a flor
e a deixa sem rosto. retiras os lábios
dos lábios da gazela e o teu castelo
vai-se quebrando, sob uma lua
de olhos brilhantes. e com o crepitar
do fogo como único brilho.
matinas.
Jorge Vicente
Last Updated: Thursday
temos aqui um poeta, do cotidiano, não. Jorge Vicente deve gostar de Holderlin e Novalis.
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