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© 2005 (da exposição "Anschool II" de Thomas Hirschhorn, Museu Serralves, Porto)
"(...) Como compreender então a afirmação de Beuys de que
todos os homens são artistas? Justamente à luz do termo
'capital' que é, portanto, a energia, a criatividade, a capacidade
de cada um. Não é o talento. Não é a habilidade. Não é o dinhei-
ro. Não é a educação. E não é o facto de se nascer em tal ou tal
meio. Essa energia, essa criatividade, essas capacidades indivi-
duais que todos temos, não as temos talvez sempre em doses
iguais, por certo uns têm mais disto ou daquilo, mais tarde ou
mais cedo, em maior ou menor quantidade. Essas energias são
o capital de cada um, mas é preciso perceber que esse é o ver-
dadeiro capital e tomar consciência disso é um acto de tal modo
criativo, artístico, que quem o faz tem de ser um artista. Esse
indivíduo pode ser empregado de balcão, cientista, motorista,
músico profissional, mas é um artista. Essa percepção de si
mesmo como artista, com determinadas capacidades e cons-
ciente delas, e que por conseguinte sabe que dispõe de um
capital que claramente não é o dinheiro que tem ou deixa de
ter, essa consciência de que cada um tem o seu próprio capital
é muito importante porque transforma as relações entre as
pessoas. Deixa de ser possível uma exercer poder sobre outra
por ter capital capitalista, capital institucional ou capital moral.
O único capital que conta é o capital pessoal e a consciência que
cada um tem dele. É evidente que isso coloca as pessoas em pé
de igualdade. É assim que eu entendo a frase "cada pessoa é um
artista". No meu caso, trabalho para tomar consciência do meu
capital. (...) "
Thomas Hirschhorn
1 Comentários:
Agora, ninguém diz, que o Franciso é um dos caras mais inteligentes de Portugal. Moloi diz. No mínimo por ser Moloi burro?
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