11 outubro, 2010

um cão em cada dedo *

com um cão em cada dedo
as minhas mãos continuam à espera
de um poema que me leve daqui

era bom caminhar dentro do fumo
acender um cigarro e ser o próprio sopro
erguer-me do outro lado do meu corpo

gostava de me transformar numa palavra
não importa a ferida que possa causar
quando acontece um rosto por acaso










* "um cão em cada dedo" (ed. Incomunidade, 2010),
o segundo livro de Alice Macedo Campos,
depois de "o ciclo menstrual da noite"

3 Comentários:

Blogger MOLOI LORASAI disse...

"gostava de me transformar numa palavra", esta frase ou verso, soa artificial, infantil.

Aliece, você já é grandinha!!!

Pena que o restante está bom.

12 outubro, 2010 18:49  
Blogger MOLOI LORASAI disse...

além disto, quebra a ritmica interna do poema.

sugestão para a próxima edição:


transformaria-me numa palavra?

13 outubro, 2010 13:17  
Anonymous Anónimo disse...

transformada em sorrisos, deixo um beijo amigo por esta publicação, francisco. muito obrigada!

15 novembro, 2010 22:53  

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