banquete de uma noite de primavera no jardim dos pêssegos e das ameixas
de Li Bái (701-762), considerado um dos maiores poetas
chineses de sempre (texto retirado da colectânea "O Rosto do
Vento Leste", Assírio & Alvim, 1993).
O céu e a terra são o albergue de passagem de todas as coisas.
O tempo é o hóspede em trânsito de todas as gerações. Que
alegrias podemos ter, se flutuamos na vida como num sonho?
Boas razões tinham os antigos para, empunhando tochas, até a
noite aproveitarem para viajar. Quanto mais quando a prima-
vera solarenga nos atrai com as suas paisagens esfumadas e a
natureza nos seduz com o bordado da sua escrita!
Reunimo-nos no perfumado Jardim dos Pêssegos e das Ameixas
para discorrer sobre as alegrias da divina fraternidade. Todos
os meus irmãos são talentosos e belos, todos são Huì-lián (1).
Cantamos e recitamos as nossas poesias e sou eu o único que
devo sentir vergonha perante Kàng Lè (2).
O gozo sereno da paisagem deste jardim nunca termina, dis-
correndo sobre temas elevados que se vão tornando cada vez
mais transparentes.
Desenrolamos esteiras requintadas e, sentados entre as flores,
passamos taças de vinho e embriagamo-nos sob a lua.
Se não fizermos boas obras, como poderemos revelar os nossos
sublimes pensamentos?
Se alguém houver que não seja capaz de escrever um poema,
terá de ser castigado segundo as regras do Jardim Jin-gu (3),
pagando uma multa de três copos de vinho.
(1) Escritor do período das Dinastias do Sul. Aos dez anos de idade
já escrevia poesia. Foi discípulo do poeta Xiè Líng-yún e o par era
conhecido por "o velho e o jovem Xiè". Neste passo, o autor elogia
os irmãos, dizendo que têm tanto talento como Xiè Huì-lián.
(2) Xiè Líng-yún era também conhecido por Xiè Kàng-lè.
(3) Nome de um jardim onde o nativo da província de Shanxi, Shí
Cháng-jiàn, organizava banquetes para os convidados comporem
versos.
chineses de sempre (texto retirado da colectânea "O Rosto do
Vento Leste", Assírio & Alvim, 1993).
O céu e a terra são o albergue de passagem de todas as coisas.
O tempo é o hóspede em trânsito de todas as gerações. Que
alegrias podemos ter, se flutuamos na vida como num sonho?
Boas razões tinham os antigos para, empunhando tochas, até a
noite aproveitarem para viajar. Quanto mais quando a prima-
vera solarenga nos atrai com as suas paisagens esfumadas e a
natureza nos seduz com o bordado da sua escrita!
Reunimo-nos no perfumado Jardim dos Pêssegos e das Ameixas
para discorrer sobre as alegrias da divina fraternidade. Todos
os meus irmãos são talentosos e belos, todos são Huì-lián (1).
Cantamos e recitamos as nossas poesias e sou eu o único que
devo sentir vergonha perante Kàng Lè (2).
O gozo sereno da paisagem deste jardim nunca termina, dis-
correndo sobre temas elevados que se vão tornando cada vez
mais transparentes.
Desenrolamos esteiras requintadas e, sentados entre as flores,
passamos taças de vinho e embriagamo-nos sob a lua.
Se não fizermos boas obras, como poderemos revelar os nossos
sublimes pensamentos?
Se alguém houver que não seja capaz de escrever um poema,
terá de ser castigado segundo as regras do Jardim Jin-gu (3),
pagando uma multa de três copos de vinho.
(1) Escritor do período das Dinastias do Sul. Aos dez anos de idade
já escrevia poesia. Foi discípulo do poeta Xiè Líng-yún e o par era
conhecido por "o velho e o jovem Xiè". Neste passo, o autor elogia
os irmãos, dizendo que têm tanto talento como Xiè Huì-lián.
(2) Xiè Líng-yún era também conhecido por Xiè Kàng-lè.
(3) Nome de um jardim onde o nativo da província de Shanxi, Shí
Cháng-jiàn, organizava banquetes para os convidados comporem
versos.
2 Comentários:
Eles sabiam...
Belo texto. Soberbas fotos. :)
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