burgo-donut
Constatação-provocação (e contra mim falo):
A baixa do Porto já não existe.
A verdadeira baixa do Porto é no Norte-Shopping: pulsante e
pujante centro comercial das classes médias, mais ou menos
burguesas, desta estranha e incatalogável metrópole. Aquilo
que, realmente, um velho e histórico centro devia ser.
(E quando digo o Norte, refiro-me também às outras, a todas as
outras grandes superfícies comerciais de sucesso).
O Porto, apesar da alma ainda convicta, já não é a invicta cidade.
O centro do Porto está vazio sem remissão. Mal sobrevive.
Esvaído. Vencido da vida. Vão e ilusório património da humani-
dade. O Porto precisava de um milagre de 50 a 100 mil novos
habitantes, assim de um dia para o outro! E que se pudesse
implodir a maioria dos shopping-centers!!
Não sei se o Porto terá algum dia solução, se voltará a ser um
burgo digno e vibrante, a fazer justiça e a ser leal à sua própria
história. Não sei, pouco sei, nada sei.
Mas não será concerteza para os meus olhinhos.
A baixa do Porto já não existe.
A verdadeira baixa do Porto é no Norte-Shopping: pulsante e
pujante centro comercial das classes médias, mais ou menos
burguesas, desta estranha e incatalogável metrópole. Aquilo
que, realmente, um velho e histórico centro devia ser.
(E quando digo o Norte, refiro-me também às outras, a todas as
outras grandes superfícies comerciais de sucesso).
O Porto, apesar da alma ainda convicta, já não é a invicta cidade.
O centro do Porto está vazio sem remissão. Mal sobrevive.
Esvaído. Vencido da vida. Vão e ilusório património da humani-
dade. O Porto precisava de um milagre de 50 a 100 mil novos
habitantes, assim de um dia para o outro! E que se pudesse
implodir a maioria dos shopping-centers!!
Não sei se o Porto terá algum dia solução, se voltará a ser um
burgo digno e vibrante, a fazer justiça e a ser leal à sua própria
história. Não sei, pouco sei, nada sei.
Mas não será concerteza para os meus olhinhos.
7 Comentários:
isto é uma declaração de desespero?! assino por baixo.
eu vivia na praça dos poveiros, por cima do Ribeiro's. uma casa invejavel, tres frentes, dois terraços. a dois minutos do coliseu,
sentia-me no coração da cidade. tinha um tipo/modo de vida de que hoje me orgulho. sinto inveja desses tempos. sinto inveja de quem pode morar no porto.
irita-me, mais ainda, que 80% das pessoas nao saiba sequer o que é uma cidade... nao lhes vê potencial, nao lhes vê vida, nada...
(qUEM DERA ASSIM FOSSE FRANCISCO)
refiro.me ao generoso comentário no "céu"...:))))) mas não....outras/outros são bem mais sábios e eternos....e ainda bem...:)))).
do Porto???? não vou aí há bastos anos....o que é pena pois é uma das cidades deste país que acho Bela e enevoenta e toda especial...sobre o Porto já escrevi tanto...
espero brevemente voltar...
beijo. de lisboa.
oh Francisco...:)))) helpe me...
vá lá ao nosso "amigo" Moloi dizer que é deste século...:)))))
_____________________
_____________________ou será do outro? do que virá???
hum hum hum.
____________
____________
beijos.
embora pareça o contrário, Mendes Ferreira, o Francisco é amigo sem aspas da pessoa real, que o conheceu em 1991 ou 1992.Beijings for all!
não sou tão pessimista... (nem invejo um inifinitésimo do pulsar e da pujança dos centros comerciais). adoro viver no Porto, ir a pé levar os filhos à escola, ou à Fnac, ir a pé buscar à oficina o carro para o fim-de-semana, ir a pé à papelaria comprar giz para o quadro preto, à costureira, ao talho, ou à baixa, de vez em quando. a baixa é a parte menos bonita deste Porto, é (des)habitada por pedintes e gente sinistra, fica deserta e assustadora à noite e ao domingo à tarde.
querida M em Campanhã, mas é sobretudo ao estado catastrófico da baixa que se deve o meu tom pessimista. é lá que devia estar o centro vital, nevrálgico, capital desta não desprezível metrópole, e é isso que já não acontece.
de resto, eu também adoro viver no Porto.
cidade dolorosamente contrastante.
obrigado a todos pelos comentários.
eu quis mesmo provocar-vos as palavras.
;)
Pois é :(...
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