meu homónimo poeta
Aqui vos deixo, do poeta brasileiro Francisco Carvalho:
MITO DE SÍSIFO
Não me queixo de Deus.
Sou o que fiz de mim.
As nuvens são negras ou azuis
porque minha ilusão as quis assim.
Não me queixo de Deus.
Seco-me aos ventos do desamparo.
Semeei caminhos e encruzilhadas.
O futuro é uma senda do homem.
Sísifo conduz uma pedra pelos declives do abismo
sem que o céu se importe com isso.
Também nós carregamos uma pedra,
acorrentados à liberdade.
Há algum tempo já que sabia da existência de um grande poeta
do Brasil com o mesmo nome que o meu, mas não tinha ainda
lido nada sobre ele nem, sobretudo, conseguido encontrar algum
dos seus poemas.
Agora, devido a esses acasos felizes dos blogues, encontrei uma
entrevista sua acompanhada de três poemas, ele que tem uma
vida literária de mais de cinquenta anos e com cerca de trinta
livros publicados.
Poeta do Ceará, da cidade de Russas, é um autor que, para
além das estritas fronteiras do meio literário, é, pelo que me
apercebo, praticamente desconhecido no seu próprio país, como
o será também, naturalmente, em Portugal.
Lá como cá, a interioridade paga-se caro. Um poeta nordestino,
lá dessas secas terras da fome, um homem que por destino esteja
longe do eixo dominante Rio-Minas-São Paulo, tem sempre,
obviamente, mais dificuldade em fazer ouvir a sua voz poética.
Apesar da longa obra e de ter já ganho diversos prémios, foi ape-
nas através de um disco recente do cantor Raimundo Fagner que
musicou cinco poemas seus, que a sua poesia se tornou um pouco
mais conhecida e divulgada. São dele estas palavras:
"É preciso reconhecer que a poesia é hoje um teatro sem plateia.
Uma ribalta às moscas."
MITO DE SÍSIFO
Não me queixo de Deus.
Sou o que fiz de mim.
As nuvens são negras ou azuis
porque minha ilusão as quis assim.
Não me queixo de Deus.
Seco-me aos ventos do desamparo.
Semeei caminhos e encruzilhadas.
O futuro é uma senda do homem.
Sísifo conduz uma pedra pelos declives do abismo
sem que o céu se importe com isso.
Também nós carregamos uma pedra,
acorrentados à liberdade.
Há algum tempo já que sabia da existência de um grande poeta
do Brasil com o mesmo nome que o meu, mas não tinha ainda
lido nada sobre ele nem, sobretudo, conseguido encontrar algum
dos seus poemas.
Agora, devido a esses acasos felizes dos blogues, encontrei uma
entrevista sua acompanhada de três poemas, ele que tem uma
vida literária de mais de cinquenta anos e com cerca de trinta
livros publicados.
Poeta do Ceará, da cidade de Russas, é um autor que, para
além das estritas fronteiras do meio literário, é, pelo que me
apercebo, praticamente desconhecido no seu próprio país, como
o será também, naturalmente, em Portugal.
Lá como cá, a interioridade paga-se caro. Um poeta nordestino,
lá dessas secas terras da fome, um homem que por destino esteja
longe do eixo dominante Rio-Minas-São Paulo, tem sempre,
obviamente, mais dificuldade em fazer ouvir a sua voz poética.
Apesar da longa obra e de ter já ganho diversos prémios, foi ape-
nas através de um disco recente do cantor Raimundo Fagner que
musicou cinco poemas seus, que a sua poesia se tornou um pouco
mais conhecida e divulgada. São dele estas palavras:
"É preciso reconhecer que a poesia é hoje um teatro sem plateia.
Uma ribalta às moscas."
8 Comentários:
Esse Francisco Carvalho homónimo deve ter o sexo iluminado!
quem tem a mente iluminada sabe que este é um universo falhado...
come to china see beijing
BEIJING, Alice!
BEIJING, Mendes Ferreira!
BEIJING ALL
Também acho Moloi...tb acho...até o universo...
é isso mesmo Mendes Ferreira! Quem será o Lee Yutao que lhe mandou beijing?
não será dificil imaginar, pois não Moloi?
_____________
bom dia. aos dois. e sim Beijings...
________________e ponto.final.
Gostei do teu homónimo. Gostei da sua frase final.
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