04 junho, 2005

o tempo a cada segundo

o tempo a cada segundo,
dispara a morte.

por vezes, asas as palavras.
ou só talvez, mãos que não enganam
nada. nem matam.

o tempo que morre a cada golpe
de quem o conta.

por vezes, o sono
vem como desejo de tudo.

por vezes, penas.
asas que escorregam no limiar
dos sonhos.

por vezes, sombras.
o exílio fácil do que temos
medo de reconhecer.

por vezes, aladas casas
as palavras.
outras tantas vezes,
apenas sobras.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial