14 fevereiro, 2012

metereológica

de Adília Lopes,
em DOBRA, Poesia Reunida




Deus não me deu
um namorado
deu-me
o martírio branco
de não o ter

Vi namorados
possíveis
foram bois
foram porcos
e eu palácios
e pérolas

Não me queres
nunca me quiseste
(porquê, meu Deus?)

A vida
é livro
e o livro
não é livre

Choro
chove
mas isto é
Verlaine

Ou:
um dia
tão bonito
e eu
não fornico

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial