quebrar este silêncio com conversa
"A linguagem é uma pele: esfrego a minha linguagem contra
o outro. É como se tivesse palavras de dedos ou dedos na
extremidade das minhas palavras. A minha linguagem treme
de desejo. A emoção resulta de um duplo contacto: por um
lado, toda uma actividade de discurso vem acentuar discreta-
mente, indirectamente, um significado único, que é "eu dese-
jo-te", e liberta-o, alimenta-o, ramifica-o, fá-lo explodir (a
linguagem tem prazer em tocar-se a si própria); por outro
lado, envolvo o outro nas minhas palavras, acaricio-o, toco-
-lhe, mantenho este contacto, esgoto-me ao fazer durar o
comentário ao qual submeto a relação."
retirado de "A Conversa" do livro
"Fragmentos de um discurso amoroso" de
Roland Barthes
o outro. É como se tivesse palavras de dedos ou dedos na
extremidade das minhas palavras. A minha linguagem treme
de desejo. A emoção resulta de um duplo contacto: por um
lado, toda uma actividade de discurso vem acentuar discreta-
mente, indirectamente, um significado único, que é "eu dese-
jo-te", e liberta-o, alimenta-o, ramifica-o, fá-lo explodir (a
linguagem tem prazer em tocar-se a si própria); por outro
lado, envolvo o outro nas minhas palavras, acaricio-o, toco-
-lhe, mantenho este contacto, esgoto-me ao fazer durar o
comentário ao qual submeto a relação."
retirado de "A Conversa" do livro
"Fragmentos de um discurso amoroso" de
Roland Barthes
2 Comentários:
muito bom !
o Barthes não tinha ficado nos anos 80
ou voltou a ser chiqwe ôtra bez
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