17 junho, 2010

estou de árvore _______________________





não estou nada. nem cansada nem lúcida nem mátrea nem flor nem
ponte nem asa nem dia nem rasgo. nada. volume esquadro seta folha
lume esquadria em falso telhado de pétalas que o vento esmaga. nem
abraço nem água. estou. de árvore.



em "As Lágrimas Estão todas na Garganta do Mar", um livro de
Isabel Mendes Ferreira.

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Vinte anos depois, creio, o seu novo livro. Uma longa ausência que
nunca foi silêncio. O arco de um pianíssimo silêncio a reverberar
na escrita nascente. Apenas uma voz a amadurecer, uma voz a
encher-se de mundo, uma voz como se fosse um anjo revelador
das nossas palavras indizíveis. Ignorantes. Como se fosse a árvore
dos nossos impronunciados desejos.
Um rio de palavras musicais.
Um rio que nasceu daqui.

4 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

um grito cujo eco há-de arrepiar todo o alcatrão da seda... lindo!

18 junho, 2010 00:08  
Blogger MOLOI LORASAI disse...

começa hoje o grande susto do Saramago...

18 junho, 2010 16:44  
Blogger Isabel disse...

Francisco__________________obrigada. vim pela mão do Paulo....:)

não mereço....mas agradeço. desvaneço.me....:)


íssima de terna.


imf

04 agosto, 2010 16:58  
Blogger francisco carvalho disse...

Ora essa, ora essa! Claro que merece.
Obrigado eu.

06 agosto, 2010 00:47  

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