29 janeiro, 2008

29º dia

de Rui Nunes



"hei-de acabar a eternidade com ruído. E um pássaro
circulará pela dispersão de sons. Não haverá cidades
nem alguém que as recorde. Nessa ausência de sítio,
coleccionarei as diversas fugas do meu rosto para
entender como envelheci.
Chamarei, então, a depor, uma folha em branco."



(retirado de "Que Sinos Dobram Por Aqueles Que Morrem
Como Gado?", Relógio D'Água Editores, 1995)

2 Comentários:

Blogger firmina12 disse...

ele e o celan, são agora os meus poetas de levar para a cama. "o ofício de vésperas" é primoroso

29 janeiro, 2008 10:30  
Blogger hfm disse...

hei-de continuar a vir aqui na senda das revelações.

29 janeiro, 2008 12:47  

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