27 agosto, 2005

lusco-fusco

fim de tarde, a urbe regressa ao lar.
a enorme família citadina, provinciana.
a bola debaixo do sovaco. a maria.

um gato coalhado no tempo
entre amores-perfeitos.

não minto. não preciso mentir.
o homem da tabacaria leva os jornais
para dentro.
sobram ainda alguns títulos.
"posições para amar".

o gato está também a olhar.
deus não existe sequer para ele.

3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

as palavras martelam aqui...
fica gravado...
e eu sorrio...
como sempre.

27 agosto, 2005 16:06  
Anonymous Anónimo disse...

tenho a eternidade para ficar quieto, debaixo de Serzedo.
by the way, isto aqui tá muito bom.
ex-prontoadespir

29 agosto, 2005 03:13  
Blogger francisco carvalho disse...

Obrigado. Não sei se reparaste, por tua causa, já arrumei de novo a minha casa...

29 agosto, 2005 15:07  

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