e a pequena história parece sempre extraordinária
"O corpo dum homem rico é como uma almofada de algodão
da melhor qualidade, branca, macia e sem marcas. Os nossos
são diferentes. A coluna vertebral do meu pai era uma coroa
de nós, do género das que as mulheres usam nas aldeias
para tirar água dos poços; as clavículas descreviam uma curva
em alto-relevo à volta do pescoço, como uma coleira de cão;
golpes, incisões e cicatrizes, como pequenas marcas deixadas
por um chicote, percorriam-lhe o peito e a cintura, chegando-
-lhe abaixo dos ossos da bacia até às nádegas. A história dum
homem pobre está-lhe escrita no corpo, com uma caneta de
ponta aguçada."
em "O Tigre Branco" de Aravind Adiga
da melhor qualidade, branca, macia e sem marcas. Os nossos
são diferentes. A coluna vertebral do meu pai era uma coroa
de nós, do género das que as mulheres usam nas aldeias
para tirar água dos poços; as clavículas descreviam uma curva
em alto-relevo à volta do pescoço, como uma coleira de cão;
golpes, incisões e cicatrizes, como pequenas marcas deixadas
por um chicote, percorriam-lhe o peito e a cintura, chegando-
-lhe abaixo dos ossos da bacia até às nádegas. A história dum
homem pobre está-lhe escrita no corpo, com uma caneta de
ponta aguçada."
em "O Tigre Branco" de Aravind Adiga
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