Projecto de vida eterna
um poema de Francisco Brines, com tradução de José Bento,
mais uma vez retirado de "A última Costa", um dos meus
mais preciosos livros.
E depois de acabar, voltar ao mundo
após uma curta eternidade, já sereno
voltar de novo ao mundo, a este que sei,
com uma repetida juventude, e junto a mim
seu corpo como fora em sua idade de ouro
perdida, e assim admitir que a vida é infindável
como não pôde ser (agora já eterna),
porque houve um adeus, e o tempo envelhecia
não o tempo, que em si é sempre eterno,
mas o que ele tocava: o mundo,
e aquele que, por sabê-lo, mais sofria.
mais uma vez retirado de "A última Costa", um dos meus
mais preciosos livros.
E depois de acabar, voltar ao mundo
após uma curta eternidade, já sereno
voltar de novo ao mundo, a este que sei,
com uma repetida juventude, e junto a mim
seu corpo como fora em sua idade de ouro
perdida, e assim admitir que a vida é infindável
como não pôde ser (agora já eterna),
porque houve um adeus, e o tempo envelhecia
não o tempo, que em si é sempre eterno,
mas o que ele tocava: o mundo,
e aquele que, por sabê-lo, mais sofria.
2 Comentários:
que bonito isso!
que lindo o nome do seu blog
Obrigado, Ana. Volte sempre.
E gostei de descobrir o seu blogue. Verdade sincera.
:)
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