poema perdido em 1993
um poema de Pedro Sena-Lino
(para assobiar e. e. cummings)
vamos embebedarmo-nos e fugir para o teu corpo
na primavera mentem-se os invernos no eterno verão
levo a adolescência que perdemos dentro à tua boca
vamos subir as árvores um do outro e
meter todos os invernos no corpo eterno verão
vamos absolutos para o nu de Deus
trago nos bolsos tempo para nenhum nós
e vinte mil adiadas erecções
vamos rasgar ruas onde havia mãos
e esconder outonos nos fundos das pernas
caber o segredo que não sabemos nós
a natureza segunda das folhas
e o nome nu de todas as estações
vamos soltar cobras onde havia medo
e matar os dias só duas palavras
mas agora vamos bebermo-nos de ti
e fugir para o corpo bem fora de nós
(para assobiar e. e. cummings)
vamos embebedarmo-nos e fugir para o teu corpo
na primavera mentem-se os invernos no eterno verão
levo a adolescência que perdemos dentro à tua boca
vamos subir as árvores um do outro e
meter todos os invernos no corpo eterno verão
vamos absolutos para o nu de Deus
trago nos bolsos tempo para nenhum nós
e vinte mil adiadas erecções
vamos rasgar ruas onde havia mãos
e esconder outonos nos fundos das pernas
caber o segredo que não sabemos nós
a natureza segunda das folhas
e o nome nu de todas as estações
vamos soltar cobras onde havia medo
e matar os dias só duas palavras
mas agora vamos bebermo-nos de ti
e fugir para o corpo bem fora de nós
1 Comentários:
Gostei deste. Podia ter sido o ee cummings a escrevê-lo.
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