13 novembro, 2007

pedras cansadas

as pedras cansadas dos homens,
dos fatigados passos dos homens.

o céu azul mas sem laivos de mel.
uma ampulheta que traz o outono.

meu coração imponderável
recortando os instantes supensos.

ruas juncadas de purpúreas folhas.
lágrimas esmaecidas de um deus
qualquer.

5 Comentários:

Blogger un dress disse...

lembrei-me dum sopro que desse vida ao cansaço das pedras ou que as ajudasse a adormecer...

e ainda deste poema, tão especial, tão inspirável...


IMPLORANDO O SOPRO -(ZUNHIS)


Implorando o sopro do ser divino,
o sopro que dá a vida,
o sopro de muita idade,
o sopro das águas,
o sopro das sementes,
o sopro da fecundidade,
o sopro da abundância,
o sopro do poder,
o sopro da força,
o sopro de todas as espécies de sopro
pedindo o seu sopro,
inspirando o seu sopro no calor do meu corpo,
incorporo seu sopro
para que vivas sempre luminosamente.

Poemas ameríndios

(mudados para português por Herberto Helder)

13 novembro, 2007 13:52  
Blogger francisco carvalho disse...

tu respiras poesia.
tu inspiras.

obrigado, un dress.

13 novembro, 2007 14:01  
Anonymous Anónimo disse...

Olá Francisco, passei para deixar um biejinho.
:)

13 novembro, 2007 21:45  
Anonymous Anónimo disse...

tu transpiras poesia! Essa é que é essa!

é um prazer...

13 novembro, 2007 22:36  
Blogger hfm disse...

"meu coração imponderável
recortando os instantes supensos."

e será preciso dizer mais alguma coisa?

14 novembro, 2007 09:56  

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