rio (neste meu janeiro)
"De 1930 a 1960, em termos de boa música e mau comporta-
mento, o Rio teve um Carnaval como o de nenhum outro lugar
ou época. Sendo uma cidade razoavelmente católica, produziu,
sob as barbas do Cristo Redentor, Carnavais mais pagãos que
os do próprio paganismo egípcio ou das bacanais romanas - aqui,
o boi Ápis viraria croquete de botequim e Baco não pegaria nem
aspirante no Clube dos Cafajestes, uma confraria de rapazes
bem-nascidos e educados que usavam a alegria para fins sauda-
velmente imorais, como bailes, festas e orgias, com uma ou outra
briga para manter a forma.
Por cair quase sempre em Fevereiro, coincidindo com o esplendor
do Verão e convidando à pouca roupa, o Rio deixou longe em eu-
foria os Carnavais invernais que o inspiraram, como os de Nice e
Veneza (os quais continuaram a ser o que sempre foram: belos
bailes a fantasia). O Carnaval carioca também permitiu ver que,
em comparação, o de Nova Orleães era uma festa aristocrática,
exclusivista e racista, de brancos e negros brincando iguais, mas
separados. No Rio, o samba e a marchinha nivelaram tudo. A par-
tir deles, passou a haver um só Carnaval para os negros, brancos
e mulatos."
(em "Rio de Janeiro - Carnaval no Fogo", de Ruy Castro, ed. Asa)
mento, o Rio teve um Carnaval como o de nenhum outro lugar
ou época. Sendo uma cidade razoavelmente católica, produziu,
sob as barbas do Cristo Redentor, Carnavais mais pagãos que
os do próprio paganismo egípcio ou das bacanais romanas - aqui,
o boi Ápis viraria croquete de botequim e Baco não pegaria nem
aspirante no Clube dos Cafajestes, uma confraria de rapazes
bem-nascidos e educados que usavam a alegria para fins sauda-
velmente imorais, como bailes, festas e orgias, com uma ou outra
briga para manter a forma.
Por cair quase sempre em Fevereiro, coincidindo com o esplendor
do Verão e convidando à pouca roupa, o Rio deixou longe em eu-
foria os Carnavais invernais que o inspiraram, como os de Nice e
Veneza (os quais continuaram a ser o que sempre foram: belos
bailes a fantasia). O Carnaval carioca também permitiu ver que,
em comparação, o de Nova Orleães era uma festa aristocrática,
exclusivista e racista, de brancos e negros brincando iguais, mas
separados. No Rio, o samba e a marchinha nivelaram tudo. A par-
tir deles, passou a haver um só Carnaval para os negros, brancos
e mulatos."
(em "Rio de Janeiro - Carnaval no Fogo", de Ruy Castro, ed. Asa)
5 Comentários:
Gilberto Gil é convidado de Jorge Mautner no seu show no Estrela da Lapa , neste 15 de janeiro.
MAUTNER também foi mestre de Gil.
Existe a fonte e a rede de distribuição.
A democracia do carnaval carioca. Nem tão democracia assim, mas enfim, vamos sambando como podemos. E tem mudado, o Carnaval. Mais democrático, mais musical no sentido de um samba que agora está se renovando pelas mãos dos mais jovens entusiasmados e nada tem a ver com os sambas dos desfiles de Escolas de Samba. E mais show business no que diz respeito àquele desfile ( que mesmo assim ainda gosto).
Abraço,
Silvia
Currículo de Moloi (procuro uma editora portuguesa para o livro BANANAS NANICAS, com apresentação (ela nem sabe ainda) de Isabel Mendes Ferreira!)
Livro de poemas visuais LEVE LAVE LOVE(fotos do autor e de Mario Cravo Neto) publicado por Massao Ohno- 1978 Revista ARJUNA publicada em 1981 pelo autor - Salvador - com poemas de Paulo Leminsky, foto de Mario Cravo Neto, entrevista com Zé Ramalho e textos de Jorge Mautner e Smetak, entre outros. Livro A ARCA DE POÉ publicado pelo autor- 2001- Rio de Janeiro, com apresentações do editor Massao Ohno e do escritor português Dinis Machado. Filme super-8 PÓ e Mandalas , pertencente ao acervo do ITAÚ CULTURAL com fotografia de Edgard Navarro. Poemas publicados nas revistas JOSÉ e MALASARTES - 1976
"longe de mim longe de tudo longe de mim tudo que afaste longe de mim tudo que afaste de MIM.
A MINHA ALMA".
(arca de poÉ) ....
Paulo L. B.
_________________um Poeta à solta no cimo do oceano. no dentro da ironia que só o É enquanto "arca" de sentidos despertos e fulvos. mesmo que em elipses.
___________________
ora boa noite por aqui.
(não sei de nada...vim de um outro longe) :)
Beijos Francisco. em Janeiro. Olá Moloi...:)
Não sei porque Moloi desvaloriza a sua criação musical...
Os discos, ainda que não oficialmente editados, deveriam fazer parte também do seu curriculo...
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