a lição de estética
de Sandro Penna
"Mas que beleza há na poesia?"
Escuta, quando vês um grande amigo
rodeado de mulheres, quando estás
fascinado com a orquestra, e sob o reflector
resplandecem as cores de uma deusa
que desce seminua à plateia,
onde tu estremeces, escondido
em toda aquela multidão!, quando em noite
escura e serena amigos dançam sem mulheres
numa praça ao som de um
acordeão e tu ficas à parte; pois bem, isso
não é belo para ti? Também é belo
para um velho que se chama
crítico e acha beleza em muitas coisas
e que até se aventurou a descobrir no mundo
e talvez fora do mundo, coisas cada vez
mais belas, mas que diz, com amor: "que belo
é este poema!" E tu,
tu olhas-me sem sequer me dares um beijo?
(retirado de "No Brando Rumor da Vida", com tradução de Maria
"Mas que beleza há na poesia?"
Escuta, quando vês um grande amigo
rodeado de mulheres, quando estás
fascinado com a orquestra, e sob o reflector
resplandecem as cores de uma deusa
que desce seminua à plateia,
onde tu estremeces, escondido
em toda aquela multidão!, quando em noite
escura e serena amigos dançam sem mulheres
numa praça ao som de um
acordeão e tu ficas à parte; pois bem, isso
não é belo para ti? Também é belo
para um velho que se chama
crítico e acha beleza em muitas coisas
e que até se aventurou a descobrir no mundo
e talvez fora do mundo, coisas cada vez
mais belas, mas que diz, com amor: "que belo
é este poema!" E tu,
tu olhas-me sem sequer me dares um beijo?
(retirado de "No Brando Rumor da Vida", com tradução de Maria
Jorge Vilar de Figueiredo, edição da Assírio & Alvim)
1 Comentários:
beijo-sempre-sim.
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