amor é fogo que arde pra se ver
e assim anuncio essa casa discreta,
feita a quatro mãos cúmplices,
barro tentando moldar o divino.
essa casa que parece saber dos segredos do fogo.
as livres palavras, sem pudores, sãs, plenas de gozos.
as palavras com e do prazer, os grafados instantes
dos corpos sublimados nos jogos do amor.
as palavras com sabor a sexo.
o erotismo por caminhos trilhados raras vezes.
essa lâmina perigosa, esse risco
que sempre desafia e alicia os mais temerários
funambulistas da poesia.
vinte anos, a casa de Alberto & Alice...
quero caminhar descalço
sobre um chão de musgo
sobre uns flancos ígneos
lento murmurar de águas
cozidas na pele
enrugada em fetos
sopro sanguíneo
vento acampado
às portas de um vendaval
de mel e sémen
caminha a meu lado
mãos enrodilhadas
na manta do firmamento
membros em suave desatino
se quiseres
eu chamo os anjos para limparem
as últimas rugas
o último estertor
o último beijo
antes que o céu nos convoque
para a última orgia
somos cordões desatados
em sapatos de feno
lenços de suor confinados
a esta chama que nos queima
antes do primeiro incêndio
poema de Alberto Serra
feita a quatro mãos cúmplices,
barro tentando moldar o divino.
essa casa que parece saber dos segredos do fogo.
as livres palavras, sem pudores, sãs, plenas de gozos.
as palavras com e do prazer, os grafados instantes
dos corpos sublimados nos jogos do amor.
as palavras com sabor a sexo.
o erotismo por caminhos trilhados raras vezes.
essa lâmina perigosa, esse risco
que sempre desafia e alicia os mais temerários
funambulistas da poesia.
vinte anos, a casa de Alberto & Alice...
quero caminhar descalço
sobre um chão de musgo
sobre uns flancos ígneos
lento murmurar de águas
cozidas na pele
enrugada em fetos
sopro sanguíneo
vento acampado
às portas de um vendaval
de mel e sémen
caminha a meu lado
mãos enrodilhadas
na manta do firmamento
membros em suave desatino
se quiseres
eu chamo os anjos para limparem
as últimas rugas
o último estertor
o último beijo
antes que o céu nos convoque
para a última orgia
somos cordões desatados
em sapatos de feno
lenços de suor confinados
a esta chama que nos queima
antes do primeiro incêndio
poema de Alberto Serra
3 Comentários:
e arde arde até arder...debaixo do restolho da alma ...
bom dia.
aqui.
bjo.
caro francisco,
em meu nome pessoal, desejo agradecer este post, do fundo do meu coração
bem haja!
um grande beijinho,
alice
o princípio das compensações redundantes faz com que a internet seja hábil em destruir todo e qualquer lugar poético. Poristo digo: AS IMAGENS SÃO DECENTES.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial