31 janeiro, 2006

olhar para as vozes dos outros

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© Porto, 2006

30 janeiro, 2006

mr. mozart numa montra da rua das flores

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© Porto 2006

- Papá, quem é esse Mozart? Era tocador de piano?
- Oh, filhinha, foi um dos maiores génios de sempre da música!
Ele com a tua idade, levado pelo pai, já andava de cidade em
cidade a mostrar o seu talento, mas, sobretudo, foi um homem
que escreveu algumas das melhores músicas de sempre, músicas
que ainda hoje as pessoas gostam muito de ouvir, músicas alegres
e músicas tristes, algumas excitantes e outras mais calmas, ópe-
ras e missas, músicas para todos os instrumentos, não só piano...
- Se calhar, lá no ballet, já dancei ao som da música dele.
- Pois deves ter dançado...e era por isso que eu não queria nada
que tivesses abandonado o ballet...assim talvez já soubesses bem
quem ele era.
- Porque é que o Mozart tem estas caras todas tão diferentes?
- Olha, porque naquele tempo não havia fotografias e então só se
pintavam retratos. E muitos que o pintaram, se calhar nunca o
viram. Pintaram-no a partir dos retratos já existentes, mas
sempre alterando um bocadinho para não parecer que copiavam.
Outros, a maior parte, simplesmente puxaram pela imaginação,
inspirando-se na própria música e vida dele, ou nas coisas que
ouviram contar... e também como ele já era muito conhecido
desde criança, as imagens vão sendo todas um pouco diferentes.
- Ele morreu assim há tanto tempo?
- Coitado, ele morreu muito novo, tinha apenas 35 anos, fez ante-
ontem 250 anos que ele nasceu. É por isso que esta montra está
assim tão bonita, é para comemorar tão feliz data.
- Tu gostas assim tanto da música dele?
- Gosto mas conheço muito mal. Sou muito mau conhecedor da
chamada música clássica. Gostava de saber mais e gostava que tu
viesses a saber muito mais do que eu. Mas há músicas que quase
toda a gente conhece. Tu até tens lá no teu quarto, no meio dos
teus cd's, um disco com música de Mozart para bebés.
- Não me lembro nada disso. É piano?
- Não só, é uma orquestra...Sabias que ele parece que detestava
o som da flauta e que, mesmo assim, uma das suas melhores
obras se chama "A Flauta Mágica"? Não é engraçado?
- Engraçado é que Mozart é parecido com d'zrt!
- Não digas tolices...
- É, é! Para mim tanto me faz Que digas coisas boas ou coisas
más Ou mesmo que inventes Algo que eu nunca fui...

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© Porto 2006 (Alfarrabista "Chaminé da Mota")

só no porto não nevou!

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© Porto, 29 jan 06

se cá nevasse, bem se alindava a cidade decadente...

29 janeiro, 2006

palavras de Siza

em parte para a Guevara, minha mais fiel "comentadora", que
está longe, em Bruxelas, aprendendo arquitectura, e que não
deve ter acesso fácil ao suplemento "Mil Folhas" do "Público",
aqui deixo três pequenos excertos de uma entrevista publicada
hoje, de Ana Vaz Milheiro.

"(...) A presença do Brasil no meu espírito também está muito
forte desde menino. O meu pai nasceu em Belém do Pará.
Quando eu era pequenino, ainda havia uma ligação. Por exemplo,
recebíamos o "Globo Juvenil" ou a goiabada marca "Peixe" que a
família nos mandava. No Norte de Portugal quase não há família
que não tenha alguém no Brasil e portanto isso também ficou da
infância."

"O Museu de Serralves foi um parto muito difícil e é das tais
obras que precisa de tempo. A própria construção se arrastou.
Mas tem-se revelado bem sucedido e acho que funciona bem.
Foi uma coisa muito bloqueada de início, difícil de ser assumida
em termos de financiamento e isso reflecte-se naturalmente nos
espaços, embora o respiro que tem o museu seja dificilmente
legível, porque está voluntariamente cortado."

"(...) Quando aparece uma coisa horrenda, não há nenhum pro-
testo. Normalmente ninguém manifesta desgosto pela destruição
da cidade. Quando a obra é empenhada e tem raízes num estudo
profundo, aparecem críticas de pessoas que não conhecem o pro-
jecto, assumem que não o conhecem e censuram não ser conheci-
do, quando houve discussões públicas.(...)"

28 janeiro, 2006

nunca resisto a serralves

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© 2006

27 janeiro, 2006

get up

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26 janeiro, 2006

winterland, wonderland

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e um outro poema de Ana Cristina César:

" Inverno europeu "

Daqui é mais difícil: país estrangeiro, onde o creme de leite é
desconjunturado e a subjectividade se parece com um roubo
inicial.
Recomendo cautela. Não sou personagem do seu livro e nem
que você queira não me recorta no horizonte teórico da década
passada. Os militantes sensuais passam a bola: depressão
legítima ou charme diante das mulheres inquietas que só elas?
Manifesto: segura a bola; eu de conviva não digo nada e
indiscretíssima descalço as luvas (no máximo), à direita de
quem entra.



25 janeiro, 2006

silêncio berrante

príncipe de todas as inconveniências.
a perder batalhas, perdendo todas as guerras.
amor sem pedestal. tóxico.
falhanço e queda.
o peso absurdo de certas palavras.
as mãos como linhas paralelas que nada hão-de cruzar.
viajante ensimesmado, rente ao calor do chão,
sonhando meu próprio passado num choro suave,
o riso feliz das crianças num verão antigo.
não sei de que me posso salvar.

24 janeiro, 2006

porque souberam desunir os portugueses...

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© 2006

às vezes tenho medo de construir esta parede

" Fontaínhas

Nha cretcheu, meu amor
O nosso encontro torna a nossa vida mais bonita, pelo menos
há mais de trinta anos.
Pela minha parte, torno-me novo e volto cheio de força.
Eu gostava de te oferecer cem mil cigarros,
um automóvel,
uma casinha de lava que tu tanto querias,
um ramalhete de flores de quatro tostões.
Mas antes de todas as coisas
Bebe uma garrafa de vinho do bom,
Pensa em mim.
Aqui o trabalho nunca pára.
Agora somos mais de cem.
No outro ontem, no meu aniversário
Foi altura de um longo pensamento para ti.
A carta que te levaram chegou bem.
Não tive resposta tua.
Fico à espera.
Todos os dias, todos os minutos,
Todos os dias aprendo umas palavras novas e bonitas, só para
nós dois.
Mesmo assim à nossa medida, como um pijama de seda fina que
tu não queres.
Só posso te chegar uma carta por mês.
Ainda sempre nada da tua mão.
Fica para a próxima.
Às vezes tenho medo de construir esta parede
Eu, com picareta e cimento
E tu, com o teu silêncio
Uma vala tão funda que te empurra para um longo esquecimento.
Até dói cá dentro ver estas coisas más que não queria ver
O teu cabelo tão lindo cai-me das mãos como as ervas secas.
Às vezes perco a força e juro que vou esquecer de mim. "

texto retirado da exposição "FORA!" de Pedro Costa
e Rui Chafes no Museu de Serralves

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© Porto, 2005

23 janeiro, 2006

idade das trevas

" ISLÂMICOS DEBATEM O USO DE ROUPA DURANTE O
ACTO SEXUAL -
O Egipto está a assistir a um debate religioso
no mínimo curioso. Ultrapassada a velha questão da luz acesa
ou apagada, o problema que se coloca agora é se o casal deve ou
não manter a roupa durante as relações sexuais. A controvérsia
instalou-se quando quando um perito em lei islâmica alertou
para o facto de a nudez completa do casal durante o acto sexual
invalidar o casamento. Para contornar o problema surgiram
propostas mais flexíveis: não haveria problema se o marido visse
a esposa nua, ou vice-versa, desde que não desviasse o olhar
para os genitais. Para evitar a tentação, o perito aconselha a que
as relações sexuais ocorram debaixo de lençóis. "

retirado do jornal "Público" de hoje.

faduncho do cavaquinho

está encontrada a banda sonora para este país, nos próximos
dez anos.
logo hoje - está escrito nos jornais - que é o dia mais deprimente
do ano.
um professor universitário britânico, especialista em saúde men-
tal, defende que isso se deve à conjugação matemática de seis
factores: ao frio do Inverno, ao tempo que decorreu desde o
Natal, ao regresso ao trabalho depois das festas, à chegada das
facturas para pagar, às resoluções de ano novo frustradas e da
ausência de expectativas em relação a uma melhoria do panora-
ma nas semanas que seguem.
nós aqui então, neste pobre cantinho luso, podemos acrescentar
agora mais uma razão para a tal depressão...

22 janeiro, 2006

x

já que ningém acertou no euromilhões, pode ser que também
ninguém acerte nas sondagens.

21 janeiro, 2006

euro-ilusões

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© 2006

20 janeiro, 2006

reflexão & moral

" (...)
Viver não é a mesma cousa que morrer; assim o afirmam
todos os joalheiros desse mundo, gente muito vista na gramá-
tica. Bons joalheiros, que seria do amor se não fossem os vossos
dixes e fiados? Um terço ou um quinto do universal comércio
dos corações. Esta é a reflexão imoral que eu pretendia fazer,
a qual é ainda mais obscura do que imoral, porque não se enten-
de bem o que eu quero dizer. (...) "

retirado do capítulo XVI "Uma Reflexão Imoral", do livro de
Machado de Assis, "Memórias Póstumas de Brás Cubas"

19 janeiro, 2006

explicitement inexplicável thing

"Inexplicata"

Bonjour tristesse
Siamo tutti fuditti
Me cansa l'estresse
Stalactite - stalagmite
Maledetto mondo cane
Comme ci, comme ça
I mafiosi di Miami
Bailando la salsa

Res inexplicata volans
Res inexplicata volans

Mens sana in ventro vivendi
Yo soy una mujer caliente
Voglio fare l'amore
Cinecittá, sine qua non
Non non nonchalance
Qu'est ce que tu penses
Umberto Eco echo echo
Allegro, allegro...ma non treppo

Res inexplicata volans
Res inexplicata volans

Curriculum grafitti
Schnell! andiamo! vite!
Animus anima mundi
Madonna mia, Mia Farrow
La pasta y la tonta
La cafona y la cornúta
Hay govierno soy contra
Das kleine wonder puta

Res inexplicata volans
Res inexplicata volans

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© 2006

letra maravilhosa de Rita Lee.
uma canção destes meus dias.
quem dera que aqui se chegasse aos pés de ali.

imaginações

- Então, filhotinha, como correu o dia na escola?
- Ei, pai, apanhei um susto muito grande.
- Um susto?
- Sim. Depois do almoço, um colega meu chegou assim ao pé de
mim - imita uma respiração ofegante -, parecia que estava quase
a chorar, e disse que estava lá fora um drogado com uma faca na
mão.
- Um drogado?!
- Sim...Fui lá ver ao parque, e afinal era só um jardineiro.
Sorri. Sorri ainda mais, a imaginar um jardineiro cuidando pláci-
damente da sua plantação de cannabis, o silêncio da tarde amena
entrecortado pelas vozes e correrias das crianças no recreio da
escola.

18 janeiro, 2006

caracolinhos

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© 2005

teus lentos caracóis, meu doce poema.

17 janeiro, 2006

vozes

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© Porto, Outubro 2005


perdido talvez por buscar-te
felino chorando a louca sorte
peregrino sem a luz do norte
ferido coçando a dor por arte

16 janeiro, 2006

atirei o pau a um deus chato

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© 2005

15 janeiro, 2006

íntima refracção

A vida toda nuns olhos tristes.
A alma que tu mesmo pariste.
Puta vida, meu dedo em riste.

14 janeiro, 2006

street scene

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© Roterdão, 2001

13 janeiro, 2006

flowers

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12 janeiro, 2006

momento zen

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© Porto 2006

11 janeiro, 2006

instante irreal

Enquanto na rádio alguém afirmava que havia muitas Elviras na
história da ópera, eu vi o Nick Cave numa paragem de autocarro.

regina rita

Não tenho nenhum dos seus discos. Não sou propriamente seu
fã. Vira o seu concerto no Porto há dois anos e tinha gostado.
Voltei a vê-la agora e é indubitável que ela cresceu, que está
em palco como peixe na água. Que há poucas vozes assim.
É também inevitável que nos lembremos da mãe.
Que tendamos a comparar o incomparável.
Somos fracos, somos humanos.
Elis é, será sempre, insuperável.
Elis era uma deusa.
Sua filha é uma pequena rainha.

Aqui deixo agora as minhas modestas fotos e algumas palavras
que destaquei da imprensa.

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© 2006

"Não é muito frequente ver o público do Coliseu do Porto in-
terromper a exibição de um artista para lhe conceder durante
largos minutos uma ovação de pé. Mas isso aconteceu sábado à
noite, durante o concerto de Maria Rita. Quando se esgotaram
os acordes de uma extraordinária versão de Sobre todas as
coisas (canção velhinha de Edu Lobo e Chico Buarque), o públi-
co portuense ergueu-se espontaneamente das cadeiras e conce-
deu-lhe uma longa salva de palmas, que durou minutos e a dei-
xou comovida. "Fazia muito tempo que não me emocionava tan-
to em palco", reconheceu Maria Rita quando recuperou a fala."

Rui Baptista, "Público" 9jan06


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© 2006

"Ainda por cima, inventei esta coisa de cantar descalça. Estou
tremendo!", queixou-se, antes de prosseguir o concerto que a
confirmaria como um "animal de palco"."

Cynthia Valente, "Correio da Manhã"

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© 2006

"Maria Rita evoluiu muito e já nos sopra no ouvido, mas ainda
não arranca os corações."

Ricardo Jorge Fonseca, "Diário de Notícias"

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© 2006

"Maria Rita foi intensa, emocionada, sincera, rebelde.
Foi completa."

Marta Neves, "Jornal de Notícias"

10 janeiro, 2006

no fundo até sou um romântico

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09 janeiro, 2006

no lugar do morto

Havia muitos dias que, por desleixo, trazia no carro uma revista
aberta numa foto, de página inteira, do imbecil do Bush. Até que:
- Pai, parece que andas sempre com esse homem a teu lado!
- Quem?!...Ah, essa besta do Bush...
- Disseste besta, pai?? Isso é asneira!
- Pois é, filha, desculpa...Se calhar ele até quer ser o meu anjo da
guarda...
- Ele parece é que está a fazer cara de parvo.
- Ele tem mesmo cara de parvo! Quando chegarmos a casa, eu
dou-te a revista para desenhares em cima dele, um bigode, umas
orelhas de burro e um nariz de palhaço.
- Tens que me emprestar a tua caneta vermelha! Como é que
disseste que ele se chamava?
- B-U-S-H-H...
- Bruxo??
- Não, quase... é mais assim: B-R-U-X-E!
- Isso é em inglês ou em brasileiro?

08 janeiro, 2006

eu não estaria alegre

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© Porto, Dezembro 2005

07 janeiro, 2006

pois é a arca de poÉ

está cheia de luminosos tesouros!


" Conformei-me à
curva do destino
por qual dos horizontes
traçarei a minha rota? "

um poema de Moloi

não sou peregrino

para Moloi


Conformei-me à
curva do caminho
nenhum horizonte
na ponta da bota

06 janeiro, 2006

thomas hirschhorn, um artista-guerreiro

"Sou um artista, um trabalhador, um soldado. Não luto por
mim. Tenho uma missão. É uma missão impossível. Acredito
na Energia. Não acredito na Qualidade. Sim à Energia! Não à
Qualidade! Detesto o pensamento qualitativo, na arte ou seja
onde for, a energia é a única coisa que interessa. Quero tra-
balhar de forma simples e económica. Quero que o meu tra-
balho seja denso e forte. Quero trabalhar excessivamente a
minha obra. Quero trabalhar politicamente. Quero enfrentar
o mundo à minha volta, quero permanecer atento e lúcido.
Não quero excluir ninguém com o meu trabalho, gostaria de
incluir pessoas no meu trabalho. Quero lutar sem pensar em
vitórias nem derrotas. Não sou caótico, não sou um teórico,
não sou um filósofo. Não preciso da filosofia para o meu tra-
balho como artista; preciso da filosofia como ser humano. Mas
não esqueço a maravilhosa resposta de um filósofo à pergunta
"Que pode a filosofia fazer?": "A filosofia pode trazer tristeza".
Tenho vontade de dar forma às coisas. Dar forma é o meu com-
promisso enquanto artista. A arte é para mim uma ferramenta,
uma ferramenta para conhecer o mundo, uma ferramenta para
descobrir a realidade, uma ferramenta para viver a passagem do
tempo. Não me pergunto se a minha obra funciona. Acho que é
necessário ela não funcionar para permanecer utópica. Não quero
trabalhar com moda. A beleza deve ser preservada do capitalis-
mo. A moda favorece a fuga para o espaço pessoal, privado, se-
leccionado, escolhido, como a falsa autodeterminação. A moda
reflecte o medo da perda de identidade. Quero fazer o meu
trabalho como um guerreiro. Tudo tem de vir de dentro de mim
e confrontar-se comigo. Acredito na resistência em arte. Quero
trabalhar com o que me pertence e quero continuar livre."

Thomas Hirschhorn, Agosto de 2000


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© 2005 ( da exposição "Anschool II" de Thomas Hirschhorn, Museu
de Serralves, Porto)

05 janeiro, 2006

sol destemido

Fim de tarde de sábado. O céu em fogo. Esplanada da praia do
Marreco.
- Olha que lindo sol, filha! Parece uma moeda de fogo.
- Também parece uma bolacha cor-de-laranja.
- Vê, está mesmo quase a mergulhar no mar.
- É. Ele gosta muito de se deitar no mar. O mar é muito fofinho.
- Metade já não se está a ver. Podes dizer-lhe até amanhã.
- Tchau, solzinho! Põe-te a dormir, põe...qualquer dia ainda vais
ser mordido pelos tubarões.

04 janeiro, 2006

alimento divino

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© 2005

03 janeiro, 2006

cenários de uma imprensa exótica

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© Moimenta da Beira, 2005

02 janeiro, 2006

conjunção

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© dia primeiro do ano de 2006

01 janeiro, 2006

sms

sol, mar, saúde.
ser mais seguro.
sonhos mas sorte.
sem merecer solidão.